Atletas paraolímpicos iniciam contagem regressiva para a competição

A um ano do início dos jogos, cinco competidores do Parapan celebram o sucesso do torneio e revelam as expectativas para um dos mais importantes eventos esportivos do mundo.

Cátia Oliveira (e), Bruno Braga (c) e Guilherme Costa (d), são esperança de medalhas. Crédito: Gustavo Messina
Da esq. para a dir.: Cátia Oliveira, Bruno Braga e Guilherme Costa são esperança de medalhas. (Foto: Gustavo Messina)
Por Gustavo Henrique Braga – MTur/ASCOM

A Seleção Brasileira Paraolímpica, que detém o maior número de medalhas (257) no Parapan-Americano de Toronto, celebra, a partir do feriado de 7 de setembro, a contagem regressiva para os Jogos Paraolímpicos Rio 2016. A meta da delegação brasileira é terminar o torneio do Rio, que começa em um ano, entre os primeiros colocados. Para celebrar a data, o Ministério do Turismo conversou com cinco atletas que deixaram suas impressões sobre o torneio e suas expectativas.

Competir em casa é uma vantagem, na opinião de Victória Amorim, de 17 anos, da seleção brasileira de Goalball, modalidade disputada por atletas com deficiência visual. Medalhista de ouro no Parapan do Canadá, ela já está classificada para a disputa no Rio. Da mesma forma, a paratleta Jéssica Gomes, de 22 anos, que começou a praticar o Goalball por recomendação médica de reabilitação e já disputou três competições internacionais.

Superação também é parte da história de Cátia Oliveira, de 24 anos, da seleção brasileira de tênis de mesa. Com ouro e bronze no Parapan – e já classificada para o torneio no Rio – chegou a ser convocada para a seleção brasileira de futebol, esporte que praticava profissionalmente antes de sofrer um acidente de carro que a deixou paraplégica. A ascensão meteórica à modalidade se deu há três anos, quando teve o primeiro contato com o tênis de mesa para cadeirantes. Já o mesatenista Guilherme Costa, que conquistou um ouro e um bronze em Toronto, ressalta que a preparação psicológica é tão importante quanto o treino físico. Guilherme tem grandes chances de classificação para a Paraolimpíada e acredita que esta será uma grande oportunidade para inspirar os brasileiros a torcerem por outros esportes além do futebol.

Tocha olímpica

Para celebrar a data, os organizadores dos jogos promoverão um festival na Lagoa Rodrigo de Freitas, com ações ligadas ao esporte, à educação e à cultura. Também neste feriado ocorrerá a abertura da venda de ingressos para as competições. Segundo os organizadores do evento estão programadas 528 provas com disputa de medalha, com 4.350 atletas de 178 países. A tocha olímpica chegará ao Brasil, cerca de três meses antes do início dos jogos, depois de acesa na cidade grega de Olímpia. Em território brasileiro passará por cerca de 300 municípios e pernoitará em 82 deles (confira o mapa), as chamadas cidades de celebração, que incluem todas as capitais.

A tocha percorrerá 20 mil quilômetros por cerca de 100 dias, visitando uma média de três municípios por dia, em todos os estados do país. No local de pernoite, a chegada da chama será comemorada em grandes eventos promovidos pelas prefeituras. Na região Norte e parte do Centro-Oeste o percurso de 8,8 mil quilômetros será percorrido por avião, com pousos para pernoite nas cidades de celebração. Aproximadamente 12 mil pessoas conduzirão a tocha em sua passagem pelo país até a chegada ao Rio de Janeiro na abertura dos jogos. Para permitir ampla participação da população os condutores serão selecionados a partir de indicação dos organizadores e patrocinadores do evento e das prefeituras contempladas.

Acessibilidade
 
A acessibilidade dos pontos turísticos é um dos pontos defendidos pelo Ministério do Turismodesenvolveu o site Turismo Acessível em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e com o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) – onde é possível avaliar a acessibilidade de pontos turísticos, hotéis, restaurantes e atrações diversas. Além de avaliar, é possível consultar ou sugerir novos estabelecimentos ou atrações, ajudando as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a viajarem pelo Brasil com mais autonomia. A iniciativa, que já está disponível em formato de aplicativo para smartphones, foi premiada em dezembro do ano passado durante a terceira edição do Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web.

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