Só 30% das empresas brasileiras usam a internet para aumentar sua competitividade

Estudo: 80% das empresas brasileiras tem acesso à internet, mas somente 30% a usam para alavancar seus negócios.

É o que aponta uma pesquisa do NIC.br cujos dados foram apresentados ontem (14/6) pelo secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTIC), Maximiliano Martinhão, durante a 1ª Convenção Abranet, evento que está sendo realizado pela Associação Brasileira de Internet (Abranet), na Bahia, e que reúne provedores de acesso, conexão e serviços de internet de todas as regiões do País.

De acordo com o levantamento, 80% das empresas brasileiras tem acesso à internet, mas somente 30% a usam para alavancar seus negócios, para torna-lo mais competitivo. Numa perspectiva mais ampla, o grande desafio, na avaliação do secretário, é fazer com que uma pequena empresa tenha acesso aos mercados globais. “Melhorar a infraestrutura de banda larga no País é um ponto fundamental para mudar esse quadro”, afirmou.

Martinhão afirmou que o MCTIC tem consciência de que os provedores são responsáveis por grande parte da expansão da rede de internet no País, e que esses empresários investem com recursos próprios. “Por isso, estamos trabalhando junto com a Finep e o BNDES para criar linhas de crédito com juros adequados ao setor e sem tantas exigências de garantia. “Os provedores são fundamentais na oferta de acesso e conectividade”, ressaltou.

Ele também afirmou que o MCTIC tem trabalhado para que o setor tenha um tratamento diferenciado pelo executivo e legislativo. “Nossos estudos mostram que até 2030 quase 70% dos empregos existentes hoje na indústria vão desaparecer”, disse. “Das crianças que estudam hoje a maior parte dos empregos que elas irão exercer não existe ainda”, acrescentou. Isso, em sua avaliação, dá uma dimensão da importância do setor para o País. “Os provedores fomentaram a economia do consumo há vinte anos quando a Internet apareceu. Agora têm o papel de incentivar a economia da produção, para dar mais competitividade ao País.”

Gargalos

Na abertura do evento, o presidente da Abranet, Eduardo Parajo, lembrou que um dos gargalos do setor é a alta carga tributária que varia de 20% e 43% – muito acima da média nacional. Ele lembrou que o setor tem hoje um grande peso na economia. Em 2016, havia em todo o pais mais de cem mil empresas de internet. Juntas elas faturaram em torno de R$ 139 bilhões. Em termos do Produto Interno Bruto, o setor gerou, em 2015, cerca de R$ 160 bilhões, o que corresponde a 2,7% do PIB nacional.

“A agropecuária, setor mais tradicional e apontado como uma das alavancas da economia brasileira, produziu, no mesmo ano, 263 bilhões de reais, ou 4,5% do PIB”, comparou Parajo. A Abranet defende uma reforma que possibilite a simplificação tributária. Também apoia a reforma trabalhista.

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