Pesquisa realizada pela Squid em parceria com a YOUPIX revela que influenciadores homens ganham 20,8% a mais do que mulheres

Estudo “Machismo, Sexismo & Equidade no Marketing de Influência” mostra que mesmo em categorias historicamente associadas ao universo feminino, como moda e beleza, criadores de conteúdo de gênero masculino recebem mais.

Cultura nerd/geek e tecnologia são as categorias que mostram maior discrepância nos valores pagos aos influenciadores homens e mulheres.

A Squid, empresa especializada em marketing de influência e a YOUPIX, consultoria de negócios para a Influence Economy, realizaram a pesquisa “Machismo, Sexismo & Equidade no Marketing de Influência” que mostra que, em todos os tipos de conteúdos feitos por influenciadores, o homem ganha, em média, 20,8% a mais que as mulheres. Esse é o primeiro estudo especificamente sobre esse tema no Brasil e teve participação de mais de 2800 influenciadores de diversas categorias e regiões do país.

“As mulheres são maioria no mercado de produção de conteúdo e ao contrário do que possa se pensar, o tipo de conteúdo que produzem não é só sobre moda e maquiagem. Inclusive, a categoria onde elas mais se destacam são nas áreas de finanças e saúde. O que nos mostra o grande poder de influência dessas mulheres em questões que impactam diretamente nosso desenvolvimento econômico e social” diz Isabela Ventura, CEO da Squid. “Quando decidimos fazer a pesquisa, cheguei a acreditar que por estarmos num cenário menos conservador, que o valor do conteúdo da mulher já seria mais reconhecido. Realmente não acreditava que o comportamento e a discrepância financeira seria tão próxima dos mercados convencionais. O que, pelo menos, agora nos dá mais clareza para agirmos com o objetivo de mitigar essa diferenciação que não é só salarial, mas cultural. E que diz respeito à valores distorcidos, mais profundos do que só a questão financeira. Já passou da hora de equalizarmos e respeitarmos o papel da mulher na sociedade. Seja no nosso universo micro de marketing de influência, seja no nosso contexto macro socioeconômico.” completa a executiva

As categorias que mostram maior discrepância nos valores pagos aos influenciadores homens e mulheres são de cultura nerd/geek e tecnologia. Os criadores de conteúdo do gênero masculino recebem, em média, o dobro do que as influenciadoras. No entanto, existem alguns pouquíssimos segmentos em que as mulheres se destacam, como saúde e medicina. Nesses casos, as creators recebem, em média, 123% mais que os homens.

De acordo com Bia Granja, fundadora da YOUPIX, “Se olharmos hoje o ranking de maiores canais no Youtube brasileiro, entre os top 10, temos apenas um feminino, de uma criança de 7 anos, a Valentina Pontes. O que isso quer dizer? A pesquisa que realizamos busca colocar luz na questão de desigualdade de gênero no mundo da influência, tema que já está sendo debatido profundamente em outros mercados e agora começa a ganhar contornos e propostas para o nosso ecossistema também”.

Quando analisamos o recorte geograficamente, as mulheres ganham mais no Norte e Nordeste, enquanto que os homens ganham mais em todas as demais regiões. A maior discrepância ocorre no Sudeste, no qual os homens ganham, em média, 33,4% a mais que as mulheres.

“O primeiro passo para uma mudança estrutural é a informação. Essa busca pela equidade não nova, nem somente nossa. Mas é nosso papel como uma empresa de comunicação, averiguar e informar às pessoas sobre os dados reais, para que possamos cada vez mais nos conscientizar sobre que padrões continuamos sustentando, muitas vezes sem saber. E refletir sobre o que nós queremos e podemos fazer para mudar esse cenário. Acredito profundamente no poder catalisador de ações de transformação micropolíticas, agir localmente e fazer a nossa parte é um ato responsabilidade. Essa pesquisa traz informações que mudam a forma como analisamos as campanhas e provavelmente impactará a forma como as criadoras e os criadores de conteúdo produzem suas criações, que é a base do mercado de influência. Levantar informações e estimular a produção do conhecimento é um passo para mudar os rumos da área, o segundo passo é juntes co-criamos soluções para sermos um mercado cada vez mais igualitário e consciente, colaborando também para a evolução do coletivo em que nos inserimos”, finaliza Isabela.

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