Na contramão da pandemia, setor de embalagens prospera com foco em PMEs

Apesar da pandemia de COVID-19, o setor de embalagens conseguiu crescer 1%.
Por Paulo Medeiros

Quando falamos da indústria gráfica, embalagens normalmente figuram com altas porcentagens no ranking de produção do setor. Em março de 2021, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF), estes produtos foram responsáveis por 49% de toda a manufatura da indústria e a tendência é que o setor avance mais 1,6% até 2024 pelas previsões da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE).Apesar da pandemia de COVID-19 que fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caísse 4,1% e que o setor gráfico como um todo produzisse 17,3% a menos – o maior tombo da história, segundo o IBGE -, o setor de embalagens conseguiu crescer 1%. O resultado foi impulsionado pelo aumento na abertura de pequenas e micro empresas (PMEs), que bateu recorde em 2020 com 2,6 milhões de novos microempreendedores individuais, e que continua a crescer, com mais de 1 milhão de novas PMEs entre janeiro e abril de 2021.

Entre os novos negócios abertos neste ano, mais de 80 mil deles atuam na indústria alimentícia. Com muitas pessoas apostando na venda de alimentos como fonte ou complemento de renda e com restaurantes dependendo do delivery para sobreviverem durante este período economicamente difícil, a demanda por embalagens para alimentos disparou de forma nunca antes vista e a tendência é que permaneça em alta, uma vez que os consumidores adotaram hábitos de consumo mais digitais durante o período de isolamento social.

Desta forma, notamos que existe espaço para fabricantes de embalagens que entendam as necessidades destes novos negócios e sejam capazes de atendê-las, seja com a possibilidade de adquirir embalagens personalizadas em pequenas e médias tiragens ou oferecendo atendimento de qualidade e produtos com valor competitivo a um público que até então não os tinham.

Outro ponto importante é garantir a responsabilidade no processo produtivo, atendendo todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão responsável por regulamentar, controlar e fiscalizar produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública, para as diferentes embalagem, de forma que o novo negócio possa ter certeza de que está usando o tipo certo, seja ele de contato primário ou secundário, e se dedicar completamente ao seu crescimento.

No segmento gráfico, embalagens têm o potencial de ser a principal oportunidade de negócio pelos próximos anos e, por isso, é especialmente importante oferecer atendimento e produtos diferenciados para os novos empreendedores para que eles possam prosperar e continuar fomentando o desenvolvimento da indústria.

Paulo Medeiros é gerente Industrial da Printi
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