A pandemia mundial do coronavírus gerou diversas consequências que perduram na vida dos infectados, sendo uma delas a perda de olfato durante e após o diagnóstico. Conhecida clinicamente como anosmia, a ausência da percepção de cheiros atinge cerca de 86% das pessoas com casos leves da doença, segundo uma pesquisa publicada este ano, no Journal of Internal Medicine¹. O cenário lançou luz sobre a importância do sentido e a falta que ele faz no dia a dia, não apenas por seu desempenho fisiológico, mas também pelo afetivo. Neste contexto, o Grupo Boticário, um dos maiores conglomerados de beleza do mundo, anuncia a criação do Centro de Pesquisa do Olfato, área dedicada ao estudo do sentido, que, por meio do desenvolvimento tecnológico e científico, tem como objetivo fomentar e difundir conhecimento em torno do tema.
Liderada por o Boticário, expert em perfumaria e a primeira unidade de negócios do Grupo, a iniciativa tem como ponto de partida a complexidade do considerado “sentido da vida”, que é capaz de criar uma interação entre comportamento humano e bem-estar. Dos cinco sentidos, o olfato é o único que atua no Sistema Límbico, ou seja, conecta-se com a área do cérebro responsável por gerenciar as emoções e criar memórias. “Entendemos a importância social do olfato por sermos referência no assunto. O cheiro marca momentos, nos transporta entre tempos e resgata emoções vividas – foi partindo da afetividade acerca do olfato que surgiu o Centro de Pesquisa do Olfato que, para além dos desdobramentos comportamentais, tem por objetivo contribuir com renomadas instituições autorizadas que, por sua vez, conduzirão as pesquisas visando a prevenção de diagnóstico de distúrbios que afetam a qualidade de vida. Foi partindo disto que decidimos ir além dos nossos frascos e usar nossa expertise para deixar um legado para a sociedade”, explica César Veiga, Expert em Fragrâncias do Grupo Boticário.
O Centro de Pesquisa do Olfato reunirá pesquisadores, médicos, especialistas em neurociência, em perfumaria e comportamento humano, atuando em quatro pilares que se interseccionam. Ciências das Emoções, vai se amparar na neurociência como recurso para relacionar sentidos, ativar memórias e apurar o olfato; Diversidade Sensorial, terá como premissa a investigação de diferentes percepções do olfato influenciadas pela diversidade populacional, como gerações, etnias, deficiências auditiva e visual, promovendo iniciativas de inclusão; Futuro do Olfato, atuará no aperfeiçoamento científico como forma de desvendar o sentido em todas suas camadas, mesmo as intangíveis; e por fim, Disseminação do Conhecimento, vai liderar e apoiar pesquisas acerca do tema no intuito de disseminar e democratizar conhecimento e informação para profissionais de outras áreas e sociedade.
A criação da área que perpassa o desenvolvimento de produtos tem como objetivo entregar para sociedade o melhor em tecnologia olfativa, como um compromisso contínuo com o consumidor final no que diz respeito ao conhecimento, impacto social e inovação. “Nós queremos ampliar nossa entrega para a sociedade. Além dos mais de 15 mil itens que integram os portfólios das marcas do Grupo Boticário, entendemos o nosso papel na aceleração de pesquisas em inovação e tecnologia no que tange o universo olfativo. Nosso intuito é disponibilizar o Centro de Pesquisa do Olfato como braço para pesquisas de interesse público, lideradas por universidades, médicos parceiros e pelo nosso time de especialistas” afirma Gustavo Dieamant.