Conheça quatro marcas que permitem horários flexíveis e veja a história de suas franqueadas, todas elas mães.
O mundo dos negócios – um cenário que já foi majoritariamente masculino – vem sendo transformado pelas mulheres nos últimos anos. Dados do Instituto Rede Mulher mostram que o Brasil está na sétima posição no ranking mundial de empreendedorismo feminino. Mas, para que conquistem esse espaço, as mulheres muitas vezes enfrentam jornadas duplas, quando trabalham dentro e fora de casa. Para aquelas que são mães, investir em uma franquia pode ser uma maneira de conseguir ter mais tempo com os filhos.
Conforme explica Thaís Kurita, advogada especializada em franchising e varejo, a franquia é um negócio formatado, ou seja, já foi pilotado pela franqueadora e, quando o investidor se torna franqueado, recebe a transferência de know-how por meio de treinamentos para operar aquele negócio. “O franqueado aprende com o franqueador os segredos da operação e da gestão do negócio. Isso faz com que erros sejam minimizados e a possibilidade de sucesso se amplie”, diz ela.
A advogada, que também é mãe de duas meninas em idade escolar, diz que a franquia é uma boa opção para as mulheres porque existem inúmeras opções de segmentos que trazem flexibilidade de horários àquelas que desejam acompanhar o crescimento dos filhos de perto. “É certo que a franquia exige muito esforço e trabalho do franqueado. Nenhum negócio terá sucesso sem dedicação. Mas é possível ter alguma flexibilidade para acompanhar o filho em um compromisso escolar, por exemplo, ou a uma consulta médica, algo que um trabalho CLT dificulta. A franqueada pode criar uma agenda em que adeque situações rotineiras com seus filhos, ainda mais depois de algum tempo operando a franquia”, explica a especialista.
Kurita fala, ainda, que algumas marcas permitem que as unidades franqueadas sejam operadas por sócios – outro benefício para as mulheres que têm filhos, já que as responsabilidades são divididas. “Só é preciso prestar atenção no investimento e no faturamento estimado, que devem ser proporcionais ao que se deseja ganhar mensalmente. Uma franquia que não tem perspectiva de ganhos para manter sócios, pela própria natureza daquele negócio, provavelmente frustrará os franqueados e é melhor cada um ter uma unidade separada”, aconselha.
Neste Dia das Mães, conheça a história de quatro mulheres que optaram pelo franchising na busca de uma maternidade com mais qualidade:
Formada em Engenharia Química pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Maíra Marson Rosa de Oliveira, de 37 anos, passou por grandes empresas desde quando ainda era universitária. Mas, em busca justamente de maior flexibilidade, decidiu se tornar empresária. Em 2017, então, ela abriu uma unidade da B.LEM no Shopping Eldorado e, em 2019, outra padaria em uma rua no bairro de Pinheiros, ambas na cidade de São Paulo. Até que, em novembro de 2020, ela teve Antônio, seu primeiro e único filho.
A gravidez vinha sendo planejada para aquele ano, mas tudo ficou mais complicado por conta da pandemia. Então, a vida como comerciante foi diretamente afetada e Maíra tinha que, constantemente, pensar em soluções e buscar a melhor maneira possível para gerenciar os negócios. Em contrapartida, ela pode passar a gestação em casa.
“Mesmo em casa. eu tive muito trabalho e continuo tendo muito trabalho agora. O meu objetivo nunca foi trabalhar menos, mas sim ter flexibilidade – e eu consegui! Hoje, posso deixar o Antônio na escola somente meio período e busco me dedicar para ele durante toda a tarde. Quando preciso ir para as lojas nesse período, ele pode ir comigo. Claro que é trabalhoso e uma coisa que eu faria em meia hora, faço em duas horas. Mas isso são lembranças que ele terá e eu consigo fazer o que eu tenho vontade, que é proporcionar uma criação próxima a mim”, ressalta Maíra.
E, apesar de considerar essa rotina muito melhor do que se trabalhasse em uma outra empresa, a franqueada diz que, claro, existem os desafios, como o fato de ter que trabalhar aos finais de semana ou ter que deixar o pequeno em casa quando ele está doente.
A B.LEM Padaria Portuguesa tem 50 lojas e está se expandindo por todo o Brasil. Numa franquia da marca, investem-se a partir de R$ 250 mil, já com a taxa de franquia de R$ 60 mil.
Rafaela Bovo tem apenas 22 anos, mas já é uma multifranqueada: ela tem três franquias da loja de conveniência gourmet Maria Gasolina Express e, em um ano, espera abrir mais seis! “Sim, estamos buscando, com a franqueadora, novos condomínios para inaugurar as novas franquias”, diz ela.
A empreendedora começou a trabalhar aos 18 anos, como recepcionista. Logo depois, passou a ajudar a mãe, também empreendedora, em uma fábrica de massas. “Logo, minha mãe se tornou franqueada da Maria Gasolina Express e eu peguei amor pela marca. Meu esposo, Dhones Saragossa, era gerente de loja e conhecia o varejo, então, juntos, em maio de 2022, abrimos a primeira franquia. Prosperamos, inauguramos a segunda unidade franqueada e, agora, elas já são três”.
Paralelamente aos empreendimentos, nasceu a primeira filha do casal, Helena, que também acaba de completar um aninho. “A franquia é perfeita para que consigamos cuidar da Helena e trabalhar com muita dedicação. Pela manhã, conseguimos nos dedicar a toda a rotina da bebê e, à tarde, ela nos acompanha ao trabalho. Ainda não precisamos colocá-la na escolinha ou creche e, quando necessário, a avó nos dá uma força, mas a rotina dela é comigo e com o pai”, conta a franqueada.
Junto com as próximas seis lojas, Helena provavelmente ganhará um irmãozinho ou irmãzinha. “A flexibilidade da franquia nos faz desejar ter um bebê já no próximo ano”, finaliza a franqueada.
A Maria Gasolina Express tem 100 lojas e está se expandindo por todo o Brasil. Numa franquia da marca, investem-se a partir de R$ 80 mil, já com a taxa de franquia de R$ 30 mil.
Em Salvador, Ana Amoedo tem hoje, aos 50 anos de idade, duas unidades franqueadas da The B-Burgers, sendo uma no Shopping da Bahia e outra no Shopping Bela Vista. Antes disso, trabalhou por muitos anos com marketing em grandes empresas. Em paralelo à carreira que consolidou, ela foi mãe por duas vezes. O primeiro filho, Pedro, tem 20 anos, enquanto o segundo, Lucas, tem 16.
Na gestão das hamburguerias The B-Burgers, Ana procura estar sempre junto aos clientes, no balcão. Ela adora a rotina das lojas, para as quais vai diariamente. Mas também não deixa de estar junto aos filhos. “A franquia proporciona essa flexibilidade, até porque as lojas são em shopping e são mais de 14 horas de trabalho diário, de segunda a domingo. Então, é preciso contar com uma boa equipe que, quando bem treinada, dá todo o apoio que precisamos. Assim, é possível ser mãe também”, diz ela.
Fazendo um panorama, Ana confessa não ter sido fácil conciliar a vida profissional com a maternidade, principalmente pelo acúmulo de funções. Entretanto, ela gosta de frisar que trabalhou para os filhos, porque sempre almejou proporcionar para eles coisas que ela não teve a oportunidade de ter.
“É claro que eu sempre tive minha realização pessoal e profissional. Mas os meus filhos sempre foram a minha maior motivação para continuar trabalhando, dando meu melhor. Eu queria que eles tivessem o que eu não pude ter durante minha juventude e isso é muito prazeroso. Hoje, eu sei que sou um exemplo para os meus filhos e eles vibram comigo a cada conquista. Eu tenho dois fãs e dois incentivadores nessa jornada”, diz a franqueada.
A The B-Burgers tem 250 lojas e está se expandindo por todo o Brasil. Numa franquia da marca, investem-se a partir de R$ 350 mil, já com a taxa de franquia de R$ 50 mil.
Antes de entrar para o franchising, Juliana Graziela Ribeiro, de 39 anos, chegou a ter uma vida agitada. Morando em Campos de Júlio, no Mato Grosso, ela e o marido compravam imóveis que eram colocados para locação. Alguns anos depois, se mudou com a família para Vilhena, em Rondônia, onde morava em um apartamento e cuidava dos negócios à distância, de dentro de casa.
A monotonia foi incomodando Juliana, que tem duas filhas, Letícia, de 19 anos, e Laura, de 10. Cansada de ficar em casa, ela foi em busca de uma franquia e conheceu a Dr. Shape. Ao se interessar pela marca, adquiriu a loja de Vilhena e comanda a unidade desde junho de 2022.
“Por conta da loja, a minha vida agora é uma correria, dividida entre as atividades maternas e as profissionais. Mas essa é uma correria gostosa, porque estou fazendo o que eu gosto e tendo tempo para ficar com as meninas”, conta Juliana.
E tudo fica ainda melhor porque ela ganhou um auxílio importante no comandado da unidade: a filha Letícia trabalha ao lado dela e isso tem aproximado e melhorado a relação entre elas. Além disso, com a flexibilidade que a franquia proporciona para a franqueada, Juliana também consegue ter mais tempo do que teria com Laura caso precisasse trabalhar em uma outra empresa. “Eu aconselho as empreendedoras a terem uma franquia. O suporte é importante para que tenhamos mais segurança e, certamente, fazer parte de uma rede traz muitas vantagens. Seria muito mais difícil sozinha”, completa.
A Dr. Shape tem 70 lojas e está se expandindo por todo o Brasil. Numa franquia da marca, investem-se a partir de R$ 250 mil, já com a taxa de franquia de R$ 80 mil.
#InstitutoRedeMulher
#BLEM
#MariaGasolinaExpress
#TheBBurgers
#DrShape