Por Marcos Yabuno Guglielmi
O home office já era uma realidade para muitos negócios. Mas, com a pandemia do novo coronavírus, empresas com as mais diversas culturas, estruturas e realidades se viram obrigadas a adotar esse modelo de trabalho, pela saúde de seus colaboradores.
Sabe-se que, presencialmente, é mais fácil acompanhar a produtividade da equipe, perceber se há algum funcionário que precise de motivação e chamá-lo para conversar. Tudo isso fica muito mais difícil quando está cada um em sua casa. O trabalho remoto, apesar de ser uma recomendação para esse momento, precisa de confiança e comprometimento mútuos entre gestores e colaboradores para dar certo, sem perdas ou atrasos significantes. E para isso, um elemento fundamental é a cultura organizacional.
Costumamos definir cultura organizacional como a maneira de pensar e agir de todos os envolvidos de uma empresa. Esse conceito diz respeito à postura de toda a equipe, do CEO ao estagiário, e pode ter tanto premissas positivas, como o respeito à diversidade, quanto negativas, como não reconhecer os esforços da equipe. Tudo isso é cultura.
Sejam as ideias boas ou ruins, é importante dizer que todas as empresas devem assumir uma cultura organizacional – afinal, com o dia a dia, ela naturalmente será desenvolvida. Porém, quando já existe uma ideia a ser passada para a equipe, fica mais fácil identificar quem se adequa a essa linha de pensamento e quem não, o que é bom até para garantir a assertividade em processos seletivos da empresa. Se, por exemplo, uma empresa tem a cultura de amparar a comunidade onde está localizada, todos os funcionários precisam estar cientes de suas responsabilidades.
Uma vez bem comunicada e bem compreendida por todos, não deve haver uma única situação em que a cultura não seja aplicada – portanto, é algo que independe do local de trabalho. E é justamente nos momentos de adversidades que a cultura deve ser praticada, encabeçada pelos líderes da empresa, que devem entender que o senso de pertencimento e o companheirismo fortalecem a própria cultura da empresa. Além disso, nesses momentos, também é possível identificar quem de fato “veste a camisa” e não mede esforços para ver a empresa prosperar.
Reuniões online podem ser um pouco impessoais, mas, se bem feitas, são extremamente produtivas. No ambiente virtual, as pessoas tendem a ir direto ao ponto da discussão. Se o empresário aliar o encontro online com uma forma estruturada de fazer uma reunião, o resultado positivo é certo. E por estrutura, entende-se: um mediador, um tempo pré-definido, uma agenda e pauta previamente divulgada, definição de próximos passos com prazos e responsáveis, e uma ata, que deve ser divulgada a todos, inclusive para quem não compareceu ao encontro.
Além disso, o empresário deve garantir que todos tenham os recursos necessários para trabalhar remotamente e, se possível, manter conversas individuais com a equipe. Pode ser por videoconferência, mensagem de texto, e-mail… O que considerar melhor! Mas tome cuidado para não parecer um fiscal, quando a ideia é justamente passar a mensagem: “estou aqui para o que precisar”.
Por fim, tanto os empresários quanto os colaboradores devem entender que tudo o que é feito deve ter como objetivo os resultados. Ou seja, não importa onde você está, se presente ou remoto, mas o trabalho deve ser feito. Sendo assim, o empresário deve liderar com base em KPIs (indicadores chave de performance), os quais devem ser claramente definidos e comunicados a cada um. Com essas atitudes, é possível manter a cultura organizacional intacta mesmo durante o período de home office forçado.
Marcos Yabuno Guglielmi é coach empresarial certificado da ActionCOACH, empresa número 1 do mundo em coaching empresarial.
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