Cancelamento das festas pode ter mais a ver com jogos políticos do que com saúde pública

Janiel Kempers, publicitário e especialista em marketing político, comenta as decisões dos governos nordestinos diante do novo cenário com a variante Ômicron.
Segundo o especialista, parte das ações políticas realizadas no período da pandemia foram feitas visando ao pleito eleitoral de 2022.

O avanço da variante Ômicron na África e na Europa chamou atenção do mundo inteiro pela agressividade da nova cepa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou que a variante apresentava ‘risco muito alto’ para o mundo. Mesmo antes da nova cepa ser confirmada no Brasil, governadores de diversos estados começaram a debater sobre a realização ou não das tradicionais festas de réveillon.

Atualmente, com 3 casos de Ômicron confirmados no Brasil, mais de 10 cidades brasileiras cancelaram as festas de fim de ano. Fortaleza, no Ceará, foi a primeira delas e o governador Camilo Santana (PT), emitiu a decisão de que no estado estão proibidas as realizações de grandes eventos de ano novo. “A atuação do governadores estaduais, principalmente Camilo Santana do Ceará e Flávio Dino do Maranhão, durante a pandemia, se pautou muito em defender a saúde do povo de seus estados e encabeçaram grupos de trabalhos com outros governadores a fim de promover o bem comum”, afirma o publicitário e especialista em marketing político, Janiel Kempers.

De acordo com ele, parte das ações políticas realizadas no período da pandemia foram feitas visando ao pleito eleitoral de 2022. “O que vimos, foi uma troca de farpas entre alguns governadores e o presidente da república, Jair Bolsonaro que, por outro lado, gastou mais tempo revidando os ataques do que propriamente tentando minimizar os efeitos da COVID 19”, opina.

Janiel conta que a quebra de expectativa da população sobre a possível volta dos eventos aconteceu devido a liberação parcial das atividades que gerou uma comemoração antes do problema ser controlado definitivamente. “Agora os estrategistas por trás dos líderes políticos estudam o que é pior: cancelar tudo ou liberar, o que tem mais peso?”, questiona o especialista.

Para ele, em meio a decisões políticas bagunçadas para suprir as expectativas da eleição do ano que vem, quem pode sair perdendo é o povo. “Nesse jogo político para 2022, pouco se vê de fato, sobre o risco que a saúde pública corre”, pontua.

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