O Brasil acaba de firmar um acordo com o México para reconhecer a cachaça como bebida genuinamente brasileira e a tequila como produto originalmente mexicano. O acordo foi assinado durante a visita do ministro das Relações Exteriores, José Serra, ao país.
As tratativas estavam em andamento há alguns anos, mas a partir de junho de 2014 o processo recebeu atenção do governo, a partir da renovação de um convênio firmado entre o IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça) e o Conselho Regulador de Tequila (Crt).
Segundo o IBRAC, as exportações de cachaça não passam de 1% do volume produzido e isto deve estimular o setor a aumentar os investimentos no mercado mexicano. Além disso, o acordo também deve impedir o uso da denominação “cachaça” por produtores de outros países.
Em 2015, o México exportou mais de 180 milhões de litros para mais de 120 países, enquanto o Brasil exportou pouco mais de sete milhões de litros do destilado para 61 países. Deste total, apenas 0,54% do total exportado foi para o México, de acordo com o IBRAC.
Para o presidente da Confraria Paulista da Cachaça, Alexandre Bertin, o governo está buscando alternativas para ajudar a área econômica e as exportações de Cachaça têm muito potencial. “É uma atitude acertada. Esse acordo ajudará os produtores a atingirem outros mercados e a gerar resultados positivos para a cadeia como um todo”.
“Te quiero, cachaça!”
O estreitamento do relacionamento com os mexicanos já vem sendo trabalhado pelo IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça). A entidade, juntamente com a Apex Brasil, está organizando a ida de uma comitiva de produtores brasileiros para apresentação da cachaça no Barra México, bar show de destilados premium, mixologia de alto nível e líderes da indústria da América Latina. O evento acontecerá no dia 23 de Agosto, na Cidade do México, no México. Para mais informações, acesse: barramexico.com.
O empresário Leandro Dias, CEO da Middas Cachaça, estará junto ao grupo de produtores que irão promover a bebida. “No evento iremos trabalhar fortemente a disseminação da cultura da Cachaça. Já em relação ao acordo, isso pode trazer um aumento significativo nas exportações de Cachaça para o México, pois os mexicanos passarão a enxergar a Cachaça da mesma forma que o Cognac e o Champagne, ou seja, como uma bebida com história, sabor e aromas típicos de um único país, o Brasil”, explica.