29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo: Cirurgia estética e o tabagismo

Estudo de 2017 da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica mostra que muitos pacientes têm aproveitado a interrupção de fumar para largar o vício.

Interromper o tabagismo antes de cirurgias estéticas é importantíssimo para evitar diversas complicações.

Dia 29 de agosto é Dia Nacional de Combate ao Fumo. Se você é fumante e está pensando em realizar alguma cirurgia estética, seu cirurgião plástico provavelmente exigirá que você pare de fumar por pelo menos quatro semanas antes do procedimento. Isso por que o cigarro influencia consideravelmente no período de recuperação. “Devido às alterações que ele gera no organismo e na circulação sanguínea, as chances de complicações se elevam substancialmente”, explica o Dr. Paolo Rubez, Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A boa notícia é que um estudo feito em 2017 feito pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica constata que muitos pacientes que recebem essas instruções deixam de fumar, ou pelo menos fumam menos, nos anos após a cirurgia estética.

Os resultados mostram que há uma associação entre cirurgia plástica e cessação do tabagismo, já que a maioria dos pacientes afirmou ter reduzido o uso de cigarros em qualquer quantidade. “O cigarro eleva a produção de radicais livres no organismo, proporcionando o envelhecimento precoce das células. Isso vai contra o objetivo dos procedimentos de rejuvenescimento estético, por exemplo, fazendo com que os resultados não sejam tão satisfatórios”, afirma o cirurgião plástico, que complementa: “A nicotina e as toxinas do cigarro provocam a diminuição do fluxo nos vasos sanguíneos. Uma vez que a circulação está prejudicada, a quantidade de oxigênio e nutrientes que chegam no tecido cutâneo é menor. Principalmente em cirurgias que demandam grande descolamento cutâneo, como ritidoplastia (face lift) e abdominoplastia, este fator aumenta os riscos de complicações como necroses, trombose, embolia pulmonar e acúmulo de liquido.”

Ainda nesse mesmo estudo concluiu-se que a grande maioria dos pacientes aderiu à recomendação médica. Dentro desse grupo, foi constatado que, em uma média de 5 anos após a cirurgia, 40% dos pacientes que eram fumantes diários, não fumam mais todos os dias, e 20% dos pacientes pararam de fumar completamente. Segundo o Dr. Paolo, para quem está pensando em fazer uma cirurgia plástica, o ideal é usar essa pausa como um incentivo para parar de fumar de uma vez. “Como muitas pessoas não têm o conhecimento sobre a ligação entre cigarro e complicações cirúrgicas, é fundamental procurar um cirurgião plástico qualificado, para que ele apresente ao paciente a importância de parar de fumar antes de uma cirurgia plástica e explicar todos os riscos envolvidos caso as orientações não sejam seguidas. Independentemente do tipo de cirurgia plástica que será realizada, o esforço de parar de fumar vale muito a pena. Inclusive, essa pode ser a oportunidade ideal para largar esse péssimo hábito”, finaliza o Dr. Paolo Rubez.

Fonte:
PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico é especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University, com o Dr Bahman Guyuron (em Cleveland – EUA) e em Rinoplastia Estética e Reparadora, pela mesma Universidade, e pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. http://drpaolorubez.com.br/

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