O stress e a inadimplência: uma relação complicada

A dor de cabeça de ficar no negativo não se restringe apenas à conta bancária.

Victor Loyola*

O cenário econômico brasileiro não é dos melhores. Como se não bastasse os 62,8 milhões de consumidores inadimplentes, temos 13,4 milhões de pessoas em busca de emprego. Um ciclo nada saudável que, para piorar, se retroalimenta: se não tem emprego, não tem dinheiro, e sem dinheiro não tem como movimentar a economia.

Para tentar resolver a situação, muitas pessoas recorrem a empréstimos para saldar as dívidas ou ao famoso cartão de crédito para “adiar” um pouquinho as contas que estão para chegar, e aí vem mais um problema.

É que pegar dinheiro emprestado do banco a curto prazo custa muito caro e, por aqui, já acostumamos a usar o cartão de crédito como meio de pagamento e não como forma de acesso ao crédito, como deveria ser. Estamos falando da maior taxa de juros cobrada pelos bancos, ou seja, quem usa o rotativo do cartão está com problemas financeiros muito graves ou é muito imprudente.

Como o dinheiro é um fator de muita influência na rotina dos brasileiros (principalmente a falta dele), a dor de cabeça de ficar no negativo não se restringe apenas à conta bancária.

O sufoco para pagar as contas e todo aquele desdobramento para fazer o dinheiro sobrar no final do mês influencia em vários aspectos a vida do trabalhador e, principalmente, na sua fonte de renda – o trabalho.

Imagine trabalhar o mês inteiro sabendo que o salário mal dá para pagar as contas. Os boletos não param de chegar e você está preocupado com as despesas básicas que fazem parte da vida de qualquer pessoa, como água, luz e comida. E se o dinheiro não der? Some isso ao medo de perder o emprego e ser mais um sem renda. Impossível ser produtivo nessas condições.

Quando a saúde financeira vai mal, os resultados são sentidos diretamente no âmbito profissional, fonte de boa parte do dinheiro que movimenta a economia. Quanto mais aflito e ansioso em relação às dívidas, menor será o rendimento do trabalhador.

Por isso, se faz cada vez mais necessário democratizar o acesso ao crédito de uma forma justa e oferecer alternativas para que o trabalhador brasileiro não seja refém da própria conta bancária.

Ao conseguir resolver os problemas financeiros sabendo que será possível colocar as contas em dia e pagar o crédito emprestado sem que isso vire uma bola de neve, é possível ocupar a cabeça com outros objetivos como, por exemplo, a carreira. Um ciclo produtivo e saudável para o funcionário, as empresas e a economia como um todo.

(*) Victor Loyola é empresário do ramo financeiro, sócio e coCEO da Consiga+, empresa de crédito consignado privado que acredita na democratização do crédito no Brasil.

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