Neurologista do Seconci-SP explica como evitar a dor de cabeça

Alteração nos hormônios e álcool podem desencadear a doença.
Alteração nos hormônios e álcool podem desencadear a doença.

Inimiga de muitos, a dor de cabeça é uma das maiores razões de incômodo para muitas pessoas. A doença não pode ser encarada como um sintoma banal e deve ser investigada. “A enxaqueca é somente uma forma de cefaleia, porém não a única.

Conhecida também pelo nome de migrânea é uma doença com características familiares que não tem cura, porém existem vários tipos de tratamento que contribuem para a melhora da qualidade de vida” explica o neurologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Marcos Antonio Pires.

Existem cerca de 200 tipos de dor de cabeça, classificadas como primárias (quando a dor é a própria doença) e secundárias (aquelas que a cefaleia é um sintoma de outra enfermidade, como sinusite, tumor cerebral, hemorragia e meningite). Cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens apresentam pelo menos um episódio de cefaleia ao mês, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia. 

O médico do Seconci-SP lembra que a dor de cabeça está entre uma das causas que afasta os profissionais do trabalho. Uma das dicas que o neurologista dá aos trabalhadores da construção civil é proteger a cabeça dos raios solares. “Sabe-se que o sol incidindo direto na cabeça pode desencadear a cefaleia, então, o uso do capacete é uma ótima forma de prevenção”, explica Pires.

Muitos são os fatores desencadeantes, sintomas e tratamentos para o problema e o neurologista do Seconci-SP destaca os mais importantes:

Fatores psicológicos – O estresse, depressão e ansiedade estão em primeiro lugar, como causadores da dor de cabeça. A irritabilidade aparece normalmente junto de uma crise de enxaqueca, desencadeada também por altos e baixos no humor, impaciência e irritação.

Fobias – A sensibilidade à luz pode desencadear a cefaleia (fotofobia). Quando a pessoa sai para um ambiente muito iluminado ou entra em um local muito escuro a dor pode ter início. Outros sintomas são a intolerância a ruídos (fonofobia), de forma que o paciente se afaste de locais barulhentos e a intolerância a odores (osmofobia). 

Aura – Pessoas que sofrem com enxaqueca podem apresentar, na fase que antecede a crise, um fenômeno neurológico conhecido por aura, quando se enxerga manchas no visão, com linhas brilhantes em ziguezague formando um arco. “Este é o momento exato para tomar o remédio e evitar a dor de cabeça. Se ela começar, sempre vai aumentar, então é melhor tratá-la no início do que quando a crise já desencadeou”, recomenda o médico.

Ciclo hormonal – As mulheres saem no prejuízo por causa do fator hormonal. A primeira menstruação – menarca – já pode vir com a primeira dor cabeça e acompanhá-las por longos anos, caso não for tratada. O período menstrual muitas vezes também traz de brinde a dor de cabeça. “A boa notícia é que muitas mulheres relatam que durante a gravidez e após a menopausa são épocas da vida que a dor pode deixar de existir, já que os hormônios no organismo se alteram”, relata o neurologista.

Alimentos – Bebida alcoólica, vinho tinto, queijos, alimentos gordurosos e chocolate podem agravar as enxaquecas.

Analgésico – Remédios com cafeína podem melhorar a enxaqueca. Ela ajuda na absorção da substância analgésica pelo organismo, porém aqueles que tomam analgésico diariamente acabam criando uma dependência no organismo. Uma curiosidade é que o corpo consegue solucionar algumas dores de cabeça sozinho ao produzir alguns analgésicos, porém se a pessoa tem o hábito de tomar remédio diariamente para dor de cabeça, o organismo entende que não precisa mais atuar nessa função.

Atividade física – Realizar exercícios pode evitar as crises de dor de cabeça, já que o organismo produz endorfina, porém deve existir uma regularidade. Pessoas sedentárias podem ter dor de cabeça depois de um grande esforço físico, como subir escadas.

Praia – A mistura de sol, bebida alcoólica e atividade física é perfeita para desenvolver uma crise de enxaqueca. Muitas pessoas têm o hábito de ir à praia tomar sol, enquanto tomam cerveja e jogam futebol na areia. Combinação perigosa.

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