Como desenvolver hábitos alimentares saudáveis

Segundo a especialista Carla Deliberato as refeições dos pais deve ser um exemplo contra a recusa alimentar.

Assim como a educação, tudo deve começar em casa. Modelos positivos dos pais durante as refeições ajudam as crianças a desenvolver hábitos alimentares saudáveis.

“Refeições em família devem ser tranquilas para que as crianças possam aprender sobre os alimentos e gradualmente desenvolver preferências alimentares saudáveis”, explica a fonoaudióloga Carla Deliberato especialista no estudo e tratamento de recusa e seletividade alimentar.

Na hora de comer, quando a criança demonstra dificuldade em aceitar alguns tipos de alimentos, pode ser por diferentes razões, seja pelo sabor, pela textura, o odor ou mesmo a aparência dos alimentos. “A seletividade pode variar de criança para criança e ser um desafio para os pais ou cuidadores, pois acaba resultando em uma ingestão limitada de nutrientes essenciais. É importante incentivar a criança a experimentar uma variedade de alimentos, e sigam exemplos que vem de casa”, diz Carla.

COMO INCENTIVAR DESDE CEDO OS PEQUENOS

A criança que não tem incentivo e oportunidade para comer alimentos variados terá uma tendência maior a se alimentar num repertório mais limitado, e pode se  mostrar mais seletiva mesmo. E dependendo do quanto ela estiver restrita, talvez faltem nutrientes importantes para um desenvolvimento saudável.

“Se desejamos que a criança interaja e aceite uma comida diferente, é preciso estimulá-la a cheirar, tocar e lamber o alimento antes de insistir para que ela coloque logo na boca”, explica a fonoaudióloga dedicada ao estudo e tratamento de recusa e seletividade alimentar.

Deve-se evitar pressionar a criança a comer e também distrações durante as refeições, como músicas ou desenhos em tablets durante as refeições. A interação com os alimentos é importante para o aprendizado alimentar. A má alimentação na infância pode levar a consequências como obesidade, colesterol elevado, doenças cardíacas e diabete no futuro.

ESTRATÉGIAS E OPÇÕES EQUILIBRADAS

Mesmo com os desafios enfrentados pelas famílias com menor poder aquisitivo, é possível manter uma alimentação mais saudável para a família ainda que essa tarefa seja mais difícil. Existem algumas estratégias e soluções viáveis que podem ser adotadas:

Uma delas é conseguir planejar as refeições de uma maneira eficaz e garantir uma melhor alimentação, tanto saudável como econômica. Faça uma lista de compras com antecedência, priorizando alimentos nutritivos e de baixo custo, como leguminosas, frutas, grãos integrais e proteínas mais baratas, como ovos, leguminosas e carnes magras mais econômicos e oferecem uma qualidade alimentar melhor.

Alimentos rápidos e baratos, como macarrão instantâneo e salgadinhos, podem ser substituídos por opções caseiras e mais saudáveis. É possível preparar alimentos crocantes no forno, embora isso demande mais tempo e seja um desafio a se adequar. É importante buscar marcas mais acessíveis, considerando a realidade da família, pois isso pode fazer uma grande diferença na saúde.

Embora a variedade seja vista como um luxo e não ser a realidade de uma população de baixa renda, na saúde os ganhos são sempre positivos.

QUANDO É PRECISO PROCURAR AJUDA

A necessidade de auxílio profissional serve para evitar que uma criança tenha risco de deficiência de nutrientes. “O fonoaudiólogo especialista em motricidade oral é o profissional mais indicado para avaliar dificuldades de alimentação, considerando o sistema sensório motor oral, questões emocionais e quadros orgânicos relacionados.

Ele também investiga se  doenças respiratórias, neurológicas, gastroenterológicas e outros fatores que possam interferir na aceitação dos alimentos’, esclarece Carla Deliberato.

OS GANHOS DE UMA BOA ALIMENTAÇÃO

A educação alimentar é essencial para ensinar crianças e jovens a adotarem hábitos alimentares saudáveis, promovendo escolhas conscientes, conhecimentos sobre nutrição e consumo de alimentos nutritivos. Isso contribui para um desenvolvimento saudável e reduz o risco de problemas de saúde.

É importante que a criança desenvolva esses hábitos com sua família e os carregue ao longo da vida.

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