Brasileiros abraçam a Arte como opção de lazer e fazem com que o país entre no circuito de importantes exposições

Grandes mostras espalhadas pelo Brasil têm sucesso de público e crítica, mostrando o quão eclética, educativa e interessante a arte pode ser. 
Grandes mostras pelo Brasil têm sucesso de público e crítica, mostrando o quão eclética, educativa e interessante a arte pode ser.


Diversas super exposições que estão acontecendo pelo país. Cada uma possui uma peculiaridade que é atrativa para um tipo de público, desde o infantil até o de deficientes físicos. Há também grandes nomes da História da Arte em mostras inéditas e uma exposição especial com a maior coleção privada de itens esportivos do mundo. Confira!

1Djanira – Cronista de Ritos, Pintora de Costumes

O Espaço Cultural Correios Niterói, o Museu Nacional de Belas Artes, IBRAM e Ministério da Cultura apresentam a exposição Djanira – Cronista de ritos, pintora de costumes, de 17 de novembro de 2014 a 21 de março de 2015 no Palácio dos Correios. A mostra inédita apresenta ao público cerca de 120 obras de Djanira da Mota e Silva, com curadoria de Daniela Matera e patrocínio Correios e Governo Federal. 

“Djanira – Cronista de ritos, pintora de costumes” é uma seleção de cerca de 120 obras da pintora Djanira da Mota e Silva, das mais de 800 pertencentes ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes. São óleos, temperas, guaches, acrílicas, gravuras, nanquins, entre outros trabalhos da artista produzidos entre 1940 e 1979. A mostra celebra o centenário de Djanira, mostrando ao público como sua pintura “antropóloga” atenta ao cotidiano do povo brasileiro, desde labor ao lazer, passando pelo sincretismo religioso, emblemático na constituição do País. 

A exposição desvela o sensível lirismo do cotidiano que permeia a obra da artista. Djanira foi uma pintora andarilha, que percorreu o Brasil em busca de cenas diárias de populações urbanas e rurais. Do labor ao lúdico, suas obras retratam um amplo panorama do mundo secular e mítico: pescadores, mineiros, trabalhadores do campo, mulheres rendeiras, a costureira, os santos de devoção sincrética.

O encontro corriqueiro do dia-a-dia com a experiência mítica, entre o que se crê e o que se vê, a sinergia entre o fazer artístico e poético (fazer pelo trabalho e pela fé) traduzem Djanira, para além da artista ingênua, para a artista que, sob o hábito, cristaliza a imagem do Brasil. 

Para a curadora Daniela Matera, a ingenuidade de Djanira está no modo de ver e experimentar a vida: “Antes de pintar, vemos. Antes de viver, sonhamos. Djanira, sonhou em ser pintora. E o que é o sonho se não um conto, uma estória, um poema? Aquilo que contamos ao outro e a nós mesmos. Djanira evidencia através da sua obra o lirismo do povo brasileiro, procurando, no cotidiano e nos costumes de todos nós, homens comuns, a semear o sonho.” 

A artista 

Djanira da Motta e Silva nasceu em Avaré, interior de São Paulo em 1914. Ainda jovem, após se recuperar de uma tuberculose, muda-se para o Rio de Janeiro, e instala-se no bairro de Santa Teresa, alugando uma pequena casa, onde instala uma pensão familiar, tendo como hóspede o artista Eric Marcier (1916-1990), que foi também seu professor de pintura. Muitos artistas como, Arpad Szenes, Maria Helena Vieira da Silva e Milton Dacosta, frequentaram a pensão de Djanira. Este ambiente estimulante impulsionou muitíssimo sua prática artística que amadureceu ao longo dos anos.

Ainda costureira, frequentou cursos noturnos no Liceu de Artes e Ofícios. Em 1942, Djanira expõe no 48ºSalão Nacional de Belas Artes. Em 1943, realiza sua primeira mostra individual na ABI. Em 1945, viaja para Nova York onde conhece a pintura de Pieter Bruegel, uma influência visível em seus trabalhos. A artista também entra em contato com grandes mestres contemporâneos como Fernand Leger,  Joan Miró e Marc Chagall.  Em 1952, recebe o Prêmio de Viagem pela obra “Caboclinhos”.

Além de percorrer a Europa, Djanira viajou para União Soviética, que inspirou suas séries sobre o trabalho industrial, e também Brasil afora ao longo de toda sua vida, em busca dos “temas” do país para compor sua obra. Sempre engajada com causas políticas, torna-se uma das líderes do Salão Preto e Branco (1955?). Em 1963, realiza o painel de azulejos Santa Bárbara, para a capela do Túnel Santa Barbara, no Rio de Janeiro (hoje sob custódia do MNBA). Em 1977 o MNBA realiza uma grande retrospectiva de sua obra. Após sua morte em 1979, seu viúvo, Mottinha doa seu acervo ao MNBA.

SERVIÇO: 

Exposição “Djanira – Cronista de ritos, pintora de costumes”.

Visitação: até 21 de março de 2015.

Horário: de segunda-feira a sábado, das 10h às 19h – exceto feriados.

Local: Palácio dos Correios

Endereço: Av. Visconde do Rio Branco, 481 – Centro, Niterói.

Telefone: (21) 2622-3200

Curadoria: Daniela Matera

Projeto: LCG Ramos Produções

Produção: Artepadilla

Realização: MNBA/ IBRAM/ MinC

Patrocínio: Correios e Governo Federal 

2O Rio de Janeiro de Debret

Centro Cultural Correios Rio de Janeiro e os Museus Castro Maya IBRAM/Minc apresentam a exposição O Rio de Janeiro de Debret, de 04 de março a 03 de maio de 2015. No ano em que a Cidade Maravilhosa celebra seus 450 anos, a mostra apresenta 120 obras originais de Jean-Baptiste Debret, oferecendo uma oportunidade inédita para o público de apreciar a visão criada por um dos grandes pintores viajantes franceses sobre o Rio de Janeiro. A exposição é gratuita e tem patrocínio dos Correios e Governo Federal.

 A exposição O Rio de Janeiro de Debret apresenta um conjunto de 120 obras de Jean-Baptiste Debret (1768-1848). A Coleção Castro Maya, à qual pertencem os trabalhos, guarda mais de 500 originais de Debret (aquarelas e desenhos), raramente vistos em grandes conjuntos.

O pintor residiu no Rio de Janeiro entre 1816 e 1831 e durante sua estada pôde acompanhar as grandes transformações pelas quais passava a sociedade brasileira como consequência da vinda da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808. Aqui ele foi, por um lado, testemunha de momentos decisivos e de atos governamentais que iam mudando a feição política, social e cultural do país e, por outro, integrante da vida cotidiana da cidade.

 O Rio de Janeiro da época – então com cerca de 100.000 habitantes – foi retratado por Debret com grande minúcia e intimidade, ao ponto de tornar sua obra um catálogo de porm­enores da vida na cidade, ressaltando-se, principalmente, as questões sobrevindas da polarização da sociedade entre homens livres e escravos, um aspecto nitidam­ente exótico e chocante para os olhos europeus.

Debret não poderia ficar de fora das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro: a iconografia do Brasil no período de transição de um modo de vida colonial para o de Nação independente ficou monopolizada pelo retrato criado por Jean-Baptiste Debret através dos desenhos e aquarelas produ­zidos durante sua estada na Corte.

 Segundo a curadora da mostra, Anna Paola Baptista, “Debret é o cronista maior da vida do Brasil na primeira metade do século XIX. Ele acompanhou e documentou visualmente o início do Brasil como Nação independente, especialmente no Rio de Janeiro que agora comemora 450 anos”. 

Debret e sua relação com o Rio de Janeiro

Dos oitenta anos de vida do pintor francês Jean-Baptiste Debret, 15 deles foram passados no Rio de Janeiro. Aqui, o estrangeiro acabou por tornar-se um resi­dente, amante da cidade que retratou incansavelmente.

 Debret chegou à nova sede da Corte Portuguesa em 1816 juntamente com vários artistas franceses- no movimento que ficou conhecido como “Missão Artística Francesa”- para fundar a Academia Imperial de Belas Artes que deveria promover o ensino das artes e ofícios no Brasil. Logo se engajou nas tarefas de pintor da Corte praticando não apenas a pintura de cavalete, mas também a concepção e produção de ornamentações variadas para festejos e cenários. Porém, a fundação da Academia e, consequentemente, o encargo de professor de pintura histórica só se daria em novembro de 1826. À espera deste acontecimento, e mesmo depois dele, Debret dedicou-se à produção de centenas de aquarelas que viriam mais tarde ser a base de sua grande obra impressa: os três volumes do “Viagem pitoresca e histórica ao Brasil”, editados na França entre 1834 e 1839.

 As aquarelas do Rio demonstram, até mesmo em sua composição, a pos­tura integrada do artista ao seu objeto. É flagrante a sensação de intimidade e proximidade com a imagem retratada que emana de suas aquarelas da cidade, quase como se o ponto de vista de observação partisse do interior da cena. Apesar de dominadas pela figura humana, geralmente em primeiro plano, as obras apresentam um elenco enciclopédico de características da arquitetura, interi­ores, vestimentas, usos e costumes, lazer, festejos populares ou religiosos.

SERVIÇO: 

Exposição “O Rio de Janeiro de Debret”

Abertura para convidados: 04 de março, às 19h.

Lançamento do catálogo e visita guiada com a curadora: 11 de abril, às 16h.

Visitação: 04 de março a 03 de maio de 2015.

Horário: de terça a domingo, das 12h às 19h.

Local: Centro Cultural Correios – Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, Rio de Janeiro.

Informações: (21) 2253-1580

Classificação etária: Livre para todos os públicos.

Entrada Franca

Acesso para pessoas com deficiência

Projeto: artepadilla.rio

Realização: Museus Castro Maya IBRAM/Minc

Curadoria: Anna Paola Baptista

Patrocínio: Correios e Governo Federal  

3Brecheret: Mulheres de Corpo e Alma – desenhos e esculturas 

Museu Correios  e o Instituto Victor Brecheret apresentam a exposição Brecheret – Mulheres de Corpo e Alma, Desenhos e Esculturas até 15 de março de 2015, com entrada gratuita. A mostra apresenta ao público 37 esculturas e 107 desenhos de Victor Brecheret relacionados à anima, a mulher que habita em todo homem. A exposição tem curadoria de Daisy Peccinini e patrocínio dos Correios. No dia 07 de março haverá visita guiada realizada pela curadora.

 A exposição Brecheret – Mulheres de Corpo e Alma traz para Brasília uma seleção de trabalhos dedicados ao gênero feminino, realizados pelo artista Victor Brecheret entre 1920 e 1955. São 37 esculturas e 107 desenhos que representam várias fases e tendências da trajetória do artista. A mostra é dividida em 8 conjuntos de desenhos que dialogam com   5 grupos  de esculturas,  de acordo com a variante da temática do feminino. Os desenhos têm as características do escultor: resolvidos com linhas poucas, límpidas e leves, tomam forma de imagem feminina predominantemente com poucos traços determinados As esculturas foram produzidas em mármore, gesso, pedra granítica rolada pelo mar, bronze patinado e bronze polido. As obras presentes na exposição são, em sua maioria, nus femininos relacionados ao simbolismo feminino da Terra, a grande Mãe, a deusa Gaia, Geia, dos gregos, o elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora ilimitada. A exposição traz ainda uma sala especial, que oferece uma visão inédita de oito painéis de mármore, com Mulheres Alegorias, talhadas em médio e baixo relevo pelo artista. 

De acordo com a curadora da exposição, Daisy Peccinini: “O importante conjunto de esculturas, em diversos materiais e pertencentes a diferentes momentos de seu percurso artístico, desencadeia um especial convite a vivenciar não só a estética das formas, na presença material dos corpos femininos, mas captar a atmosfera anímica, das obras que o seu criador, o escultor Brecheret, imprimiu na matéria.”.

Para Victor Brecheret Filho, Presidente do Instituto Victor Brecheret e também filho do artista: “O repertório desta exposição, em sua riqueza e diversidade, realizada em torno da figura de mulher, é extremamente revelador da alta qualidade da arte de Brecheret, que, aliada a uma percepção e sensibilidade, permite aos que a veem mergulhar em profundidade e extensão na alma feminina.”.

O artista

 Victor Brecheret nasceu em 15 de dezembro de 1894 em Farnese di Castro, Itália, chegando menino a S. Paulo, cidade que adotou como berço natal. É considerado um dos escultores mais importantes do país por ter sido o responsável pela introdução do modernismo na escultura brasileira bem como recentes pesquisas testemunham seu prestigio como artista de sucesso, fundador da Escola de Paris e condecorado como Cavaleiro da Legião  de Honra  pelo governo da França

Quando jovem, frequentou aulas no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde mais tarde fez uso das instalações  e  seus aprendizes para fundir o Monumento a Caxias (1945)  um dos maiores  monumentos equestres do mundo. Estudou  em Roma , onde entrou em contato com as vanguardas artísticas que ocorriam nas décadas de 1910 e 1920.  Foi discípulo de Arturo Dazzi, sendo influenciado por escultores   pós- AugusteRodin, como Ivan Meštrović, e Émile-Antoine Bourdelle. Quando retornou ao Brasil, ao fim  a primeira guerra, ligou-se a Emiliano Di CavalcantiMário de AndradeOswald de Andrade e Menotti del Picchia. Com Anita Malfatti, é considerado o precursor do Modernismo no Brasil, que culminou na Semana de Arte Moderna de 1922, onde expôs vinte esculturas no saguão e nos corredores do Teatro Municipal de São Paulo. Em Paris, bolsista do governo de S. Paulo desde 1921 manteve paralelamente uma carreira de sucesso na Escola de Paris e no Brasil. Em 1933 o governo do Estado de São Paulo encomendou-lhe a execução do Monumento às Bandeiras, projeto que apresentara em maquete em 1920 e que retoma, com o sentido de grande contemporaneidade.   Brecheret dedicou-se à realização deste projeto nos vinte anos seguintes. O Monumento às Bandeiras foi a maior obra de Brecheret e demorou 33 anos para ser construído (1920—1953). Em 1951 foi premiado como o melhor escultor nacional na primeira Bienal de São Paulo. Faleceu na cidade de São Paulo, em 17 de dezembro de 1955.

SERVIÇO: 

Exposição “Brecheret – Mulheres de Corpo e Alma- Desenhos e Esculturas”

Visita guiada com a curadora: 07 de março, às 16h.

Visitação: até 15 de março de 2015.

Horário: terça a sexta, das 10 às 19h. Sábados e domingos, das 12h às 18h.

Local: Museu Correios – SCS quadra 4, bloco A, 256, ed. Apolo – Asa Sul, Brasília – DF, 70304-915.

Informações: (61) 3213-5076

Classificação etária: Livre para todos os públicos.

Entrada Franca

Acesso para pessoas com deficiência

Produção: ArtePadilla

Realização: Instituto Victor Brecheret (IVB)

Curadoria: Daisy Peccinini

Patrocínio: Correios 

4Marc Chagall – Fábulas de La Fontaine 

Espaço Cultural Correios Juiz de Fora apresenta a exposição inédita Marc Chagall, Fábulas de La Fontaine, de 23 de janeiro a 21 de março de 2015, com curadoria de Enock Sacramento. A mostra apresenta uma série de 97 gravuras em metal realizadas pelo artista russo Marc Chagall entre 1927 e 1930, sobre a obra do fabulista francês Jean de La Fontaine. Além de admirar, o público poderá ouvir, ler e vivenciar as obras por meio de livros e de áudios disponíveis na exposição. A mostra é patrocinada pelos Correios e tem entrada gratuita.

A exposição “Marc Chagall, Fábulas de La Fontaine”, apresenta 97 reproduções de gravura em metal (42 x 33,5 cm), realizadas entre 1927 e 1930, editadas por Ambroise Vollard em 1952. A mostra é composta por 9 grupos com 10 obras de mesmo contexto e mais um grupo com 7 obras de contextos similares. Dez fábulas são reproduzidas em áudio, a fim de proporcionar a inclusão de não videntes à mostra e a interação do público em geral com as estórias. Dentre estas dez fábulas, o público poderá escolher sua preferida e levar uma cópia para casa. Há ainda a possibilidade de ler as fábulas por meio de livros dispostos pelo Espaço Cultural – ação desenvolvida a fim de fomentar a leitura, principalmente do público infanto-juvenil – em um ambiente fantástico-fabuloso que estimula a curiosidade e aproxima o público às obras.

“E, se agora me perguntarem: ‘Por que Chagall?’ Respondo: ´Ora, precisamente porque sua estética me parece bem mais próxima e, em certo sentido, aparentada à de La Fontaine, ao mesmo tempo densa e sutil, realista e fantástica.” Essas palavras de Ambroise Vollard – marchand de Chagall – permitem a compreensão do sincretismo envolvido entre as obras do artista russo e as fábulas do escritor francês. Os temas de Chagall buscam explorar um universo mágico, que vai além da realidade e universalidade. Marc Chagall consegue representar em suas obras toda uma diversidade de sentimentos, enaltecendo a subjetividade e sugerindo em sua estrutura semi-simbólica a narratividade presente na fábula.

 Para o curador da mostra, Enock Sacramento: “Trata-se de uma oportunidade rara de conhecer esta série em que o mais importante artista plástico judeu do Século XX recria plasticamente a fina ironia dos  textos alegóricos do escritor francês”. 

O artista

Marc Chagall nasceu na aldeia de Vitebsk, na Bielorrússia, em 7 de julho de 1887. O pintor, ceramista, gravador e vitralista surrealista chamava-se, na verdade, Moishe Zakharovich Shagalov. Sua iniciação no universo das artes plásticas ocorreu no ateliê de um célebre pintor de retratos local. Em 1908 entrou na Academia de Arte de São Petersburgo, daí partindo para Paris.

No universo de fauvistas e de cubistas, em um contexto no qual imperava um sistema filosófico que valorizava apenas a forma, marcado também pela abstração, a obra de Chagall se distinguia pela presença do conteúdo temático surreal, o qual revela suas origens nas esferas emocionais e culturais do pintor.

Após o desabrochar da Revolução Socialista de 1917 o artista alcança o posto de comissário de belas-artes, no governo de Vitebsk. Ele institui então sua própria escola artística, livre para incluir qualquer inclinação modernista. Ao se confrontar com Kasimir Malevich, pintor soviético pertencente à vanguarda russa, ele pede demissão do seu cargo.

Uma versão das Fábulas de La Fontaine foi ilustrada por Chagall, em 1927. Sua etapa paisagística, marcada pela temática das flores, pertence a este período.

Marc Chagall morreu em Saint-Paul-de-Vence, no dia 28 de março de 1985, como um dos maiores e mais famosos pintores do século XX.

Jean de La Fontaine nasceu em 8 de julho de 1621. Era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena cidade de Chateau-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura.

Prestou serviços ao ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas. Escreveu o romance “Os Amores de Psique e Cupido” e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine.

 Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado “Fábulas Escolhidas”. O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís 14. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.

Em 1683, La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. Morreu em 13 de abril de 1695.

SERVIÇO: 

Exposição “Marc Chagall, Fábulas de La Fontaine”

Local: Espaço Cultural Correios Juiz de Fora

Endereço: Rua Marechal Deodoro, 470, Centro, Juiz de Fora/MG.

Visitação para o público: até 21 de março de 2015.

Horário de visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. Sábados, das 10h às 14h.

Informações: (32) 3690-5715 ou (32) 32119660

Entrada franca

Classificação Livre

Realização: Arte Impressa

Patrocínio: Correios

Acesso para pessoas com necessidades especiais 

5Robert Rauschenberg – O Inferno de Dante 

Centro Cultural Correios São Paulo apresenta a exposição Robert Rauschenberg – O Inferno de Dante, de 23 de janeiro a 22 de março de 2015. A mostra apresenta ao público 34 litogravuras produzidas pelo artista texano Robert Rauschenberg que retratam a melancolia vivida por Dante em seu mais famoso poema. Buscando a total interatividade com os visitantes, a exposição possibilitará que o público ouça os 34 cantos de Dante, além de apresentar 34 sacos espalhados pelo Centro Cultural representando fardos, que poderão ser movidos de lugar. A mostra é gratuita, tem curadoria de Claudia Lopes e patrocínio dos Correios.

A exposição Robert Rauschenberg – O Inferno de Dante chega a São Paulo para mexer com os sentidos e sensações dos visitantes. Inédita no Brasil, a mostra apresenta 34 litogravuras do artista texano Robert Rauschenberg produzidas com base nos 34 cantos (poemas) que compõem a primeira parte do livro “A Divina Comédia”, do escritor italiano Dante Aligheri, intitulada “O Inferno”. Nesta exposição, o público será levado a questionamentos sobre o comportamento social e será instigado a perceber os diversos sentimentos presentes em seus conflitos individuais. Na série produzida por Rauschenberg, o Inferno permeia um estado de espírito, como numa rede que une conquistas à passagem do tempo, ao controle e à liberdade. O Inferno não é perceptível, nem palpável, porém é tangível. Têm dicotomia concomitante de condenar e libertar.

A mostra torna-se muito singular, pois busca despertar no público seu inferno particular. Para isto, a interatividade torna-se a palavra de ordem: são 34 sacos espalhados pelo Centro Cultural que representam fardos. Dentro deles haverá materiais com pesos, medidas, volumes e sons diversificados. Estes sacos poderão ser arrastados, carregados e largados por qualquer lugar da sala expositiva. Além disso, os cantos que inspiraram as obras de Rauschenberg poderão ser ouvidos pelos visitantes através de uma estrutura montada especialmente para este fim. Esta ação visa à inclusão de não videntes na exposição. Foi pensando também na inclusão cultural que as obras presentes na mostra foram dispostas na altura ideal para que cadeirantes e crianças possam apreciar toda a exposição sem dificuldades.

O artista

Rauschenberg se destaca pela possibilidade de ampliar as discussões relativas aos movimentos urbanos. Desafiou a ideia tradicional de um artista a trabalhar num só meio ou num só estilo. Pintor, escultor, gravador, fotógrafo e design, Robert atuou como uma ponte importante entre o Expressionismo abstrato e a Pop Art.

Robert é considerado um dos artistas de vanguarda da década de 1950, quando deu início à chamada painting 3 (criação de uma pintura composta por massa pigmentaria, incluindo elementos como garrafas de Coca Cola , embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados). Estes trabalhos foram precursores da Pop Art. Artista de muitas facetas e um dos mais reconhecidos do nosso tempo desafiou gerações sucessivas de novos públicos ao longo do último meio século.

Foi homenageado em importantes momentos de consagração mundial: da atribuição do Leão de Ouro na Bienal de Veneza à importante exposição que preuniu suas “combine paintitngs” em museus como Metropolitan Museu mor Art (NY), Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles, o Centro Georges Pompidou (Paris) e o Moderna Musset (Estocolmo).

Um dos pioneiros em pelo menos três procedimentos definidores da arte pop: o uso do dia a dia como matéria-prima, a referência a imagens produzidas em larga escala pela indústria cultural e a incorporação da palavra ao repertório das artes plásticas. Rauschenberg fez também pinturas, fotografias e performances, sem necessariamente respeitar as fronteiras entre cada uma das técnicas. Seguiu, de maneira bastante pessoal, os ensinamentos de um antecessor ilustre. “Ele é tão importante para a arte contemporânea por ter levado às últimas consequências as experimentações de Marcel Duchamp (1887-1968), o precursor do dadaísmo”, diz o crítico e curador Nelson Aguilar. “Duchamp era um fidalgo, tinha certo ar aristocrático. Rauschenberg, não. Era do povo e, por isso, conseguiu dar ao lixo o status de arte”, completa Aguilar – que, em 1994, organizou uma sala para o artista pop, durante a 22ª Bienal de São Paulo.

Nelson se refere ao fato de o texano tomar como matéria-prima materiais descartados pela sociedade, incluindo embalagens de produtos e pneus velhos. “De certa forma, Rauschenberg torna viável o que Duchamp elaborou. John Cage, Merce Cunningham e Jasper Johns viraram outros artistas depois que o conheceram.”  

Criador de vanguarda, Rauschenberg foi um dos primeiros a explorar a ideia de que arte e vida não deveriam andar tão separadas. Rauschenberg acreditava que a pintura se relaciona com a vida, e, que a “arte pode mudar o mundo.”.

Agente de cultura

Os Correios atuam no fomento à cultura brasileira, por meio da disponibilização de seus centros e espaços culturais para diversos tipos de manifestações artísticas. A empresa mantém unidades em São Paulo/SP, Recife/PE, Salvador/BA, Fortaleza/CE, Juiz de Fora/MG e Rio de Janeiro/RJ, além do Museu Nacional dos Correios em Brasília.

No biênio 2014/2015, os Correios estão destinando R$ 15,5 milhões para a ocupação de suas unidades culturais e mais R$ 35 milhões para projetos culturais realizados em todo Brasil. Desde 2004, os projetos são escolhidos por meio de seleção pública, garantindo transparência à destinação dos recursos e possibilitando o acesso democrático aos patrocínios da empresa. Com essa iniciativa, os Correios fortalecem e divulgam a cultura brasileira, cumprindo seu papel de empresa pública e agente do governo federal.

Desde 2013, o Centro Cultural Correios São Paulo vem oferecendo  ao público uma programação cultural diversificada, de qualidade e gratuita. O espaço ocupa uma área de 1.280m² do amplo Prédio Histórico dos Correios, que abriga também a Agência Central dos Correios de São Paulo, considerada a maior  do país, e a Agência Filatélica D. Pedro II. Inaugurado em 1922, o Prédio Histórico é um dos cartões postais do centro de São Paulo, pelas suas dimensões arquitetônicas, tamanho e localização. 

SERVIÇO: 

Exposição “Rauschenberg – O Inferno de Dante”

Lançamento do catálogo e visita guiada: 14 de março, às 11h30

Visitação: até 22 de março de 2015.

Horário: de terça a domingo, das 11h às 17h.

Local: Centro Cultural Correios São Paulo – Avenida São João, s/nº, Vale do Anhangabaú, São Paulo-SP

Informações: (11) 3227-9461
e-mail: centroculturalsp@correios.com.br

Site: www.correios.com.br/cultura

Classificação etária: Livre para todos os públicos.

Entrada Franca

Acesso para pessoas com deficiência

Produção: Arte Próspera

Curadoria: Claudia Lopes

Patrocínio: Correios 

6Esporte Movimento 

CAIXA Cultural Brasília apresenta, de 21 de janeiro a 5 de abril, a exposição Esporte Movimento, uma seleção de aproximadamente 2 mil itens da coleção de mais de 70 mil artefatos esportivos pertencentes ao colecionador Roberto Gesta de Melo. A mostra, que conta com o patrocínio da CAIXA e Governo Federal, é gratuita e inédita no Brasil. 

“Esporte Movimento” é um recorte da maior coleção privada de artefatos esportivos do mundo. Durante a exposição, os visitantes poderão apreciar selos, moedas, troféus, tochas, fotografias, vídeos, medalhas originais e demais objetos relacionados ao esporte. Além disso, em uma área específica da exposição, uma tocha estará disponível ao toque do público e, por toda a CAIXA Cultural, há obras táteis e textos em braile. As ações visam à inclusão de deficientes visuais na mostra.

Em Brasília a exposição apresenta peças que não foram vistas pelo público de Curitiba e São Paulo. Dentre elas, as pelúcias dos mascotes dos mundiais de diversas edições têm despertado o interesse especial das crianças. Há ainda porcelanas, esculturas e um fragmento de rocha que data de 4.000 a.C. 

O projeto, que já foi prestigiado por 11 mil pessoas em Curitiba (PR) e São Paulo (SP), procura apresentar um panorama das mais diferentes dimensões que cercam a prática esportiva. Composta por oito núcleos, a exposição fará um passeio pela história do esporte, começando pelas pinturas rupestres e chegando até os dias atuais. Durante a exposição, haverá, ainda, homenagem a diversos esportistas, que tiveram grande importância para o cenário histórico do esporte mundial. 

O curador

Roberto Gesta de Melo, representante da América do Sul no Conselho da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), é presidente da Confederação Sul-Americana de Atletismo (CONSUDATLE) e da Associação Ibero-Americana de Atletismo (AIA). Dono de uma das maiores coleções particulares de itens esportivos do mundo, foi presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), vice-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e secretário de Esportes do Governo do Estado do Amazonas.

SERVIÇO: 

Exposição “Esporte Movimento”

Visitação: até 5 de abril de 2015

Horário: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h

Local: CAIXA Cultural Brasília –  SBS Quadra 4 Lotes 3/4 Brasília-DF

Informações: (61) 3206-9448

Classificação etária: livre para todos os públicos

Entrada franca

Acesso para pessoas com deficiência

Produção: Arte Impressa

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal 

7Rembrandt e a Figura Bíblica 

Vista por quase 29 mil pessoas no Rio de Janeiro, a exposição Rembrandt e a Figura Bíblica chega ao Museu Correios, em Brasília, no dia 26 de março. Aguardem! 

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