Viver sozinho também exige disciplina financeira

Controlar gastos e investir parte dos ganhos pode garantir a saúde do bolso.
Controlar gastos e investir parte dos ganhos pode garantir a saúde do bolso.

Cada vez mais, os brasileiros moram sozinhos. Dados da “Síntese de Indicadores Sociais (SIS)”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2014, mostram que essa parcela da população no Brasil cresceu 35% em nove anos. Segundo a pesquisa, os “arranjos unipessoais” – como o IBGE nomeia quem vive só – passaram de 10%, em 2004, para 13,5%, em 2013. 

As transformações no padrão demográfico nacional refletem também nas finanças pessoais. Com a demanda em alta por produtos de conveniência específicos para esse público, como alimentos semiprontos, serviços de entrega e embalagens individualizadas – normalmente mais caros por conta da personalização –, quem opta por viver só precisa se preocupar com o consumo consciente.

Para o diretor da Easynvest, Amerson Magalhães, os gastos com o supérfluo tendem a ser maiores quando se mora sozinho, por isso, é essencial controlar as despesas. “De forma geral, pessoas nessa condição têm o hábito de gastar mais com refeições fora do lar, lazer, cultura e viagens, por exemplo. E quase sempre são opções caras, especialmente nas grandes cidades. Para garantir a saúde do bolso, o indicado é procurar por produtos e serviços mais baratos, além de controlar os gastos e investir parte dos rendimentos”, explica.

O planejamento financeiro de quem deseja morar sozinho deve ser feito a partir do momento em que tal decisão é tomada. “É nesta fase em que as despesas são formadas e tornam-se bem distintas, pois é criado um novo estilo de vida. Fazer uma análise das finanças é imprescindível para que os gastos não sejam maiores do que a renda”, contemporiza Magalhães.

Fundo de reserva

Ao elaborar a planilha financeira é preciso levar em conta as despesas fixas mensais, como aluguel, prestação do apartamento e condomínio, bem como energia elétrica e telefonia celular, por exemplo. Por meio dela, será possível controlar os custos e programar o pagamento das contas. Documentar as despesas diárias é outra maneira para economizar, pois os gastos desnecessários são mais facilmente percebidos. “O planejamento financeiro é o melhor aliado para quem mora sozinho. Embora possa parecer, não é nada chato ou muito complicado de fazer e, principalmente, manter. Mas, para funcionar, é preciso criar este hábito”, garante o executivo.

Um aliado para este público é a internet. A rede mundial de computadores pode ser usada por este público para pesquisar preços e também fazer compras. Para o supermercado, o recomendado é elaborar listas com os itens necessários para não gastar mais do que o orçamento previsto. Já a alimentação fora do lar deve ser vista com ressalvas. “Sempre que possível, o ideal é optar pelas refeições caseiras. Pode não parecer, mas a soma desta conta sai bem salgada no fim do mês”, afirma Magalhães.

Outro ponto importante da economia doméstica de quem vive só é poupar para ter um fundo de reserva para emergências. Para garantir a saúde do bolso no futuro, é recomendado começar a investir. É necessário, para isso, levar em conta que parte dos seus rendimentos vai ser destinada todos os meses para alguma modalidade de investimento. “A pessoa tem que ter a consciência de que seus gastos vão precisar ser revistos e que, a partir do momento que optar por ser um investidor, uma parcela, ainda que pequena, da renda deve ir para uma carteira de investimento”, ressalva o executivo.

Melhores opções

Com o cenário econômico atual, marcado pela alta das taxas de juros aliada a da inflação, algumas das melhores opções de investimentos são atreladas à Selic ou IPCA. O Tesouro Direto está entre as modalidades mais populares do mercado. De acordo com o executivo, as principais diferenças estão no baixo valor exigido para o investimento inicial. “A partir de R$ 30 reais já é possível investir. O baixo risco de crédito, a liquidez e a praticidade são outros atrativos quando se escolhe comprar títulos do governo, que podem ter rentabilidade pré ou pós-fixada”, analisa.

Outra facilidade do Tesouro Direto está nos vencimentos dos títulos. É possível adequar as datas de resgates às necessidades do investidor. Os títulos privados também podem ser boas alternativas. “As letras de crédito – LCIs, LCAs, LCs – e CDBs são emitidos por instituições financeiras cuja rentabilidade é, geralmente, superior à poupança e aos títulos públicos. Além disso, têm a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), de até de R$ 250 mil por investidor, contra a mesma instituição financeira. O que reduz o risco de crédito da operação”, pondera Amerson Magalhães.

SERVIÇO:

Easynvest é a melhor opção do mercado para quem deseja investir sem complicações. Com um portfólio de produtos e serviços sob medida para seu perfil de investidor, encontrará o suporte necessário para as suas decisões de investimento. Inovadora, foi uma das primeiras corretoras no Brasil a oferecer serviços pela internet, por meio da plataforma Easynvest. Site: www.easynvest.com.br

Comentarios fechados.