Equidade na prática: 3 dicas para ampliar a consciência de gênero nas empresas

Carine Roos, CEO da Newa, consultoria de impacto social, compartilha insights essenciais para eliminar os vieses de gênero nas organizações.

Apesar dos avanços na inclusão feminina no mercado de trabalho e na liderança das companhias, muitas ainda enfrentam uma sobrecarga de responsabilidades, assumindo múltiplos papéis frequentemente sem apoio adequado.

O relatório “The Ready-Now Leaders”, da organização Conference Board, destaca que empresas com pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança têm 12x mais chances de estar entre as 20% melhores em desempenho financeiro. Este fenômeno se atribui à eficácia das lideranças femininas em todos os níveis gerenciais e faixas etárias.

Segundo Carine Roos, fundadora e CEO da Newa, consultoria de impacto social, pelo fato dos homens controlarem a maior parte das instituições, muitas mulheres acabaram buscando caminhos que não dependessem da força para avançar em seus direitos, que somado o papel de cuidado, acabaram desenvolvendo habilidades aprendidas como empatia, compaixão, escuta, conexão, qualidades essas que todas as pessoas podem aprimorar.

Ainda, o estudo “Mulheres no Ambiente de Trabalho 2023”, da consultoria McKinsey & Company, revela que elas enfrentam desafios em uma proporção significativamente maior do que os homens. Por exemplo, têm o dobro de chances de serem interrompidas e de receberem comentários sobre o seu estado emocional. Para mulheres negras, essas experiências são ainda mais exacerbadas, com 37% delas se sentindo excluídas, 44% relutantes em discordar de seus colegas e 45% temendo penalidades por seus erros.

DICAS VALIOSAS

Sendo assim, apesar dos avanços na inclusão feminina no mercado de trabalho e na liderança das companhias, muitas ainda enfrentam uma sobrecarga de responsabilidades, assumindo múltiplos papéis frequentemente sem apoio adequado. Essas disparidades persistem em grande parte devido à estrutura social patriarcal, que valoriza a “racionalidade” associada ao ser homem, relegando às mulheres o papel da “economia do cuidado”. Para promover uma mudança efetiva nesse cenário, é crucial abordar as raízes do problema. Nesse sentido, Carine Roos, mestre em Gênero pela London School of Economics and Political Science – LSE, oferece três dicas para ajudar as organizações a aumentar a consciência de gênero:

1 – Esteja atento para os vieses inconscientes – É fundamental compreender as necessidades individuais dos colaboradores para desenvolver ações afirmativas concretas. “Isso requer uma abordagem inclusiva e personalizada, levando em consideração as diferentes origens e experiências de cada membro da equipe. Por isso, é essencial oferecer treinamentos regulares sobre vieses inconscientes para todos os colaboradores, visando a aumentar a conscientização e promover uma cultura inclusiva”, afirma Carine.

2 – Reconheça o trabalho das mulheres em sua organização – É muito comum que as empresas acabem focando em como quebrar o ‘teto de vidro’ para trazer mais mulheres para a alta liderança, mas acabam negligenciando as necessidades das que estão na base da pirâmide social, enfrentando o ‘chão pegajoso’. “Sobre esse ponto, é importante destacar que, para promover a justiça de gênero nas organizações, é necessário que estas se comprometam com o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida de todas as mulheres no ambiente de trabalho”, explica Carine.

3 – Mude a cultura organizacional – De acordo com a CEO e fundadora da Newa, em certas ocasiões é necessário entrar ainda mais fundo nas normas culturais, missão e valores das organizações. “Se elas perpetuam visões estereotipadas dentro das empresas, o problema pode partir daí. Isso envolve promover o entendimento do poder a partir de uma perspectiva decolonial e revisar comportamentos machistas. Além disso, é importante explorar e desenvolver novas formas de expressão emocional, visando criar um ambiente saudável e inclusivo”, reitera. “Outra medida importante, é a implementação de políticas de licença parental equitativas, incentivando tanto homens quanto mulheres a assumirem responsabilidades familiares independente do gênero”, conclui.

SERVIÇO:

Mais informações no site da Newa

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