Magazine Luiza registra crescimento de vendas sem efeito Copa do Mundo e ganha participação de mercado

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No segundo trimestre deste ano, as vendas líquidas da companhia atingiram R$ 2,1 bilhões.

Mesmo em um cenário econômico adverso, nos cinco primeiros meses de 2015, o Magazine Luiza aumentou sua participação de mercado, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. No segundo trimestre deste ano,  as vendas líquidas da companhia atingiram R$ 2,1 bilhões, uma queda de 10,1% em relação ao mesmo período de 2014.

É preciso, porém, destacar que a base de comparação do segundo trimestre do ano passado é excepcionalmente alta em função do período da Copa do Mundo, que impulsionou sobretudo o consumo de bens da categoria imagem (aparelhos de TV). Quando consideradas as vendas no conceito das mesmas lojas (SSS), o aumento das receitas líquidas do Magazine Luiza no segundo trimestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013 foi de 24,5%. O decréscimo nas vendas líquidas do 2T2015 também foi provocado pelo atual cenário macroeconômico, considerado o mais desafiador dos últimos anos e que teve efeitos diretos sobre o consumo das famílias.

No  segundo  trimestre  de  2015,  as  vendas  do  Magazine  Luiza  no  conceito mesmas lojas (SSS) caíram 12,8%. Nas lojas físicas, a queda foi de 15,1%. O e- commerce mostrou-se mais resiliente à retração do mercado: a queda no canal foi de 0,4%. Desconsiderando o resultado de vendas da categoria de imagem – uma queda de 52,8% no segundo trimestre de 2015 — as vendas do Magazine Luiza cresceram 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que levou ao aumento de sua participação de mercado.

Crescimento da margem EBITDA

​Apesar da queda de vendas no conceito mesmas lojas, a margem EBITDA do Magazine Luiza no segundo trimestre de 2015 foi de 6% — totalizando R$ 126,6 milhões — um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.

Esse crescimento é resultado do ganho  de  margem  bruta  de  2,8  pontos percentuais, conseguido graças a fatores como a melhoria do mix de vendas, o início da cobrança de frete e montagem, o aumento da participação de serviços, uma melhor negociação com fornecedores   e   melhoria   do   controle   de   despesas   operacionais.   A  excelente performance das empresas coligadas Luizacred e Luizaseg também contribuiu para o aumento da margem EBITDA.   O resultado da equivalência patrimonial cresceu 2,7% em relação ao  segundo trimestre de 2014, atingindo R$20,8  milhões.

A Luizacred aumentou  sua  base  de cartões, apresentou um crescimento de receitas, manteve a inadimplência sob controle e gerou um lucro líquido de R$33,5 milhões, com ROE de 25,4%. A Luizaseg registrou um aumento na receita de 38,4% e um lucro líquido de R$ 8,2 milhões (aumento de 84,4% em relação ao segundo trimestre de 2014), com ROE de 40,9%.

Lucro líquido de R$ 3 mi

No segundo trimestre de 2015, o lucro  líquido do Magazine Luiza  atingiu  R$ 3 milhões.  Apesar  do  crescimento  da margem bruta e da margem  EBITDA, o lucro líquido foi influenciado pela menor diluição das despesas fixas e pelo aumento das despesas financeiras, em função da evolução significativa da taxa básica de juros no período.

Crescimento da Luizacred

Em junho de 2015, a Luizacred atingiu uma base de 3,5 milhões de cartões emitidos, um crescimento de 3,6% em relação ao mesmo mês de 2014. A carteira de crédito  da companhia,  incluindo cartão  de  crédito,  CDC  e  empréstimo  pessoal, alcançou  R$ 4,5  bilhões  ao  final  do segundo trimestre deste ano,  um aumento  de 4,5% em relação ao segundo trimestre de 2014. O maior destaque foi a carteira de cartão de crédito, que cresceu 16,6%, enquanto a carteira do CDC diminuiu 27,4%.

As receitas da intermediação financeira cresceram 5,4% no segundo trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao crescimento de 22% das operações financeiras realizadas com o Cartão Luiza, que compensou a redução de 17,9% nas operações financeiras realizadas com o CDC.

Os indicadores de inadimplência da Luizacred continuam sob controle. O indicador de curto prazo (NPL 15) aumentou 0,2 ponto percentual e a carteira vencida acima de 90 dias (NPL 90) subiu 0,4 ponto percentual. em relação a junho de 2014.

As provisões líquidas de recuperações da Luizacred cresceram apenas 5,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, e representaram 3,5% da carteira total no 2T15, estáveis em relação ao 2T14 (3,5%). Vale destacar que o índice de cobertura da carteira ficou basicamente estável em 119% em junho de 2015 versus 122% em junho de 2014.

No segundo trimestre deste ano, o resultado operacional da Luizacred foi de R$ 55,8 milhões, representando 16,1% da receita da intermediação financeira. O lucro líquido totalizou R$33,5 milhões, atingindo rentabilidade anualizada de 25,4% sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROE).

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