
s construtoras enfrentaram obstáculos crescentes na contratação de mão de obra qualificada e no custo de seus colaboradores em 2024. Em pesquisa do FGV Ibre, 60,4% informaram ter dificuldades na contratação e retenção de pessoal.
Indagados sobre as estratégias adotadas para superar essas dificuldades, em resposta que permitia múltiplas assinalações, 43% dos empresários relataram que investem em capacitação interna; 28% oferecem mais benefícios; 27% realocam colaboradores da empresa; 19% mudam processos para reduzir a dependência de mão de obra, e 18% aumentam salários.
Outra dificuldade foi o aumento dos custos. De janeiro a novembro, o INCC-M (Índice Nacional de Custos da Construção) subiu 5,80%. O que mais pesou foram os custos com mão de obra, que aumentaram 7,67%, seguidos de materiais e equipamentos (4,59%) e serviços (3,97%). O maior percentual de aumento foi registrado na cidade de São Paulo: 6,48%.
AQUECIMENTO DO SETOR
As dificuldades acontecem em um cenário de aquecimento do setor. Em dez meses, as construtoras haviam criado cerca de 250 mil empregos, dos quais perto de 64 mil no Estado de São Paulo e, destes, 32 mil na capital paulista.
De janeiro a setembro, comparado ao mesmo período de 2023, as vendas de imóveis no país cresceram 19,7%, e os lançamentos imobiliários, 17,3%. As unidades habitacionais enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida representaram 58,7% dos lançamentos e 43,6% das vendas. Na cidade de São Paulo, os lançamentos aumentaram 44,4%, e as vendas, 36%.
Atender a toda essa demanda e àquela que surgir de obras de infraestrutura, num cenário de falta de mão de obra e custos em alta, será um dos grandes desafios de 2025. O setor persistirá nos seus esforços de qualificação de mão de obra e elevação da produtividade, e espera forte colaboração do poder público nestas direções.
FONTE: ENTRE ASPAS – SINDUSCON-SP
#CnstruçãoCivil #Qualificação #Produtividade #SindusconSP #EntreAspas