
Ao enfrentar o câncer de mama, muitas mulheres descobrem que a luta vai muito além do tratamento. Alterações na libido, dor nas relações e insegurança com o próprio corpo são efeitos silenciosos que atingem até 90% das pacientes, segundo a ASCO. Mesmo diante desse número, a sexualidade ainda é pouco discutida nas consultas médicas. Em geral, o foco se concentra na cura e na sobrevida, enquanto aspectos como prazer, intimidade e autoestima ficam em segundo plano.
Para mudar esse cenário, a Oncoclínicas reuniu uma equipe de especialistas em oncossexologia, que acompanha pacientes desde o diagnóstico até o pós-tratamento. O protocolo de atendimento é baseado no modelo PLISSIT, uma metodologia que propõe uma escuta atenta e intervenções progressivas de acordo com a necessidade de cada paciente. A sigla representa as etapas de Permissão, Informações Limitadas, Sugestões Específicas e Tratamento Intensivo.
Na prática, isso significa permitir que a paciente fale abertamente sobre o tema, sem julgamentos; oferecer informações claras sobre as alterações fisiológicas e anatômicas que podem ocorrer durante o tratamento; orientar de forma personalizada sobre medidas de cuidado e intervenções possíveis, como o uso de dilatadores, fisioterapia pélvica ou laser; e, quando necessário, encaminhar para terapias mais intensivas, inclusive envolvendo o parceiro no processo de reabilitação.
PLISSIT
Estudos recentes confirmam a eficácia do modelo PLISSIT nesse contexto. Pesquisas publicadas em 2021 demonstraram que o aconselhamento baseado no método reduziu disfunções sexuais e melhorou a qualidade de vida sexual de mulheres sobreviventes ao câncer de mama, segundo o Journal of Sexual Medicine, 2021).
A iniciativa é oferecida em todas as unidades da Oncoclínicas e já impactou diversas pacientes, que relataram avanços significativos na vida sexual e no fortalecimento da autoestima. “Quando a paciente é informada, acolhida e escutada, ela percebe que é possível continuar sentindo prazer, mesmo diante das mudanças provocadas pela doença. O cuidado com a sexualidade e com o autocuidado é essencial para a qualidade de vida, e nossa premissa é que o resgate da autoestima de uma mulher que passou pelo câncer de mama está necessariamente ligado ao cuidado com sua sexualidade”, afirma Dra. Stany de Paula.
O programa de oncosexologia está disponível para encaminhamento pelos oncologistas e também para acesso espontâneo das pacientes.
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