Entre outubro e novembro, os espetáculos Primeiro Amor e Curva Cega se apresentam na MIAC – Mostra Internacional de Arte Contemporânea (POA/RS), no FIMC – Festival Internacional de Máscaras do Cariri (CE), e em duas unidades do Sesc SP: Taubaté e Sorocaba.

A SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea nasceu em 2019, com idealização e curadoria de Rachel Brumana e, desde a primeira edição, traz ao Brasil artistas e espetáculos expoentes da cena contemporânea italiana, que representam a mais recente produção artística do país e dialogam com a nossa potente cena local. Realizado pela Associação SÙ de Cultura e Educação, o projeto teve quatro edições na cidade de São Paulo, no formato de mostra com uma semana de duração. Entre 2019 e 2024, a SCENA consolidou-se graças à parceria entre o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e o Sesc SP.
Em 2025, essa importante ponte entre Itália e Brasil ganha um novo formato: a SCENA se expande para outros territórios do país – o interior paulista, nas cidades de Sorocaba e Taubaté, em parceria com o Sesc SP, e também as regiões Sul e Nordeste, em colaboração com o MIAC – Mostra Internacional de Artes Cênicas, de Porto Alegre, e o Festival Internacional de Máscaras do Cariri, no Ceará. Dois espetáculos significativos da trajetória da Cena retornam ao Brasil: Primeiro Amor (First Love), de Marco D’Agostin, jovem e premiado coreógrafo e dançarino italiano e Curva Cega (Curva Cieca), de Muna Mussie, artista italiana nascida na Eritréia.
Nos dias 25 e 26 de outubro, Primeiro Amor (First Love), de Marco D’Agostin, participa da MIAC – Mostra Internacional de Arte Contemporânea, em Porto Alegre, e em seguida faz apresentações no Sesc Sorocaba, nos dias 29 e 30 de outubro; de 18 a 23 de novembro, a peça Curva Cega (Curva Cieca), de Muna Mussie, se apresenta no Festival de Máscaras do Cariri e depois no Sesc Taubaté nos dias 28 e 29 de novembro.
“Esses trabalhos marcaram a trajetória da SCENA, por sua repercussão, e, por isso, também ganharam novas apresentações em unidades do Sesc fora da capital paulista”, conta a curadora e idealizadora Rachel Brumana.
O novo formato do projeto era um desejo antigo da curadoria de apresentar estes trabalhos em outros Estados e dialogar com novos públicos. “Em um momento em que as relações são cada vez mais virtuais, a SCENA se mostra como uma ocasião potente para troca direta com o público, não só pela universalidade do teatro, mas também pela atualidade do projeto. E, por isso, é muito importante descentralizar a oferta de manifestações culturais italianas, pois há uma procura muito grande em todo o Brasil. Ceará e Rio Grande do Sul, que fazem parte da área de atuação do Instituto de São Paulo, são estados riquíssimos culturalmente; Taubaté e Sorocaba são duas cidades estratégicas e muito interessadas no teatro e na cultura italiana. Estamos muito contentes em poder contribuir com essa itinerância da SCENA pelo país”, coloca Lillo Guarneri, diretor do Instituto Italiano de Cultura.

CONHEÇA OS ESPETÁCULOS
Primeiro Amor (First Love) é a história de um menino dos anos 90 que não gostava de futebol, mas sim de competições de esqui de longa distância – e de dança também, mas como não conhecia nenhum passo, divertia-se imitando os esquiadores, engolido pelo verde perene de uma cidadezinha no norte da Itália.
Aquele garoto cresceu e se tornou bailarino, não esquiador. Mesmo assim, sua atitude competitiva de atleta se manteve nas coreografias. E, para mostrar que aquele seu primeiro amor tinha uma razão de ser, ele reencena a movimentação da campeã italiana Stefania Belmondo na corrida de 15km estilo livre das Olimpíadas de Salt Lake City 2002. Assim, o espetáculo torna-se um grito de vingança, desesperada exultação, dissolução da saudade.
“Esse trabalho esteve presente na primeira edição da SCENA, em 2019. Foi a estreia do Marco D’Agostin, um jovem dançarino apresentando seu primeiro solo, e o interessante é que, nesses seis anos, ele se tornou um dos maiores coreógrafos da Itália, residente no Piccolo Teatro di Milano, a primeira companhia de teatro público permanente da Itália”, comenta Rachel.
Já Curva Cega (Curva Cieca) tem uma proposta bastante diferente. “Muna Mussie é uma artista italiana nascida na Eritreia e isso se reflete no seu trabalho. Quando ela se apresentou na SCENA, se sentiu muito acolhida e estava ansiosa para voltar ao Brasil”, acrescenta.
Sua performance trata da descoberta da sua língua materna, a tigrínia, uma das escritas mais antigas do mundo, por meio da voz de Filmon Yemane, um jovem eritreu que vive atualmente em Bolonha e é cego desde os 12 anos, e com o apoio de imagens de um antigo livro de ortografia.
O corpo da artista se sobrepõe às linhas sinuosas do alfabeto, sugerindo uma mimese dinâmica. A obra é uma ferramenta metaeducativa que cria uma paisagem íntima por meio de um formato didático: uma narração biográfica inspira reflexões filosóficas e sacia a sede da presença: um corpo cumpridor da lei tenta corresponder a uma imagem constantemente evasiva.
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SERVIÇO:
Primeiro amor (First love)
Duração: 45 minutos | Classificação: 14 anos
MIAC – Mostra Internacional de Arte Contemporânea
Data: 25 e 26 de outubro, sábado e domingo, às 19h
Local: Galpão Floresta Cultural Rua Conselheiro Travassos 541 Porto Alegre (RS)
Ingresso: R$ 60,00
Sesc Sorocaba
Data: 29 e 30 de outubro, às 20h
Endereço: R. Barão de Piratininga, 555 – Jardim Faculdade, Sorocaba (SP)
Ingresso: R$ 50, R$ 25 e R$ 15
Curva Cega (Curva Cieca)
Duração: 45 minutos | Classificação: 14 anos
Festival Internacional de Máscaras do Cariri
Data*: 20 de novembro, 18h | Centro Cultural do Cariri Servulo Esmeraldo
Endereço: Av. Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes, 1 – Gizélia Pinheiro (Batateiras), Crato
*Ainda há uma data e local a definir
Sesc Taubaté
Data: 28 e 29 de novembro, 20h
Endereço: Av. Eng. Milton de Alvarenga Peixoto, 1264 – Esplanada Santa Terezinha, Taubaté (SP)
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