Quando a cor da água é um atrativo turístico

Rios verde esmeralda, cachoeiras douradas, mares e poços de água prateada. Saiba o que define a cor da água e onde encontrá-la em suas diferentes tonalidades.
Rios verde esmeralda, cachoeiras douradas, mares e poços de água prateada. Saiba o que define a cor da água e onde encontrá-la em suas diferentes tonalidades.

Por Deborah de Salles – ASCOM/MT

Não é apenas o volume de água dos rios brasileiros, os cenários de cachoeira ou o balanço das ondas que encantam o turista. A cor da água é, também, um grande atrativo. Há quem escolha o destino da próxima viagem tendo como base o tom da água. É possível mergulhar em um poço de quase prateado, na Bahia; em um rio de cor verde esmeralda, em Sergipe; e até se refrescar em uma cachoeira de cor dourada, em Goiás.

A variação de cores se explica pela a composição e temperatura da água, a incidência de raios solares e materiais sólidos e orgânicos em suspensão, como algas, fragmentos de rochas e grãos de areia. “Se não houvesse a mistura de componentes químicos dissolvidos na água do mar, ela seria transparente como a água potável”, afirma o professor do Instituto Oceanógrafo da Universidade São Paulo (USP), Belmiro Castro. 

Saiba quais são e onde encontrar as principais tonalidades de águas:

Azul – A cor do Poço Encantando, localizado na Chapada Diamantina (BA), tem um efeito cristalino, resultado das águas formadas por lençóis freáticos. A tonalidade não é comum, já que a maior dos poços na região tem a cor âmbar. Em Bombinhas (SC), as praias também variam em tons de azul claríssimos até o quase cristalino.

Prateado – Na Gruta da Pratinha, também na Chapada Diamantina (BA), e no Rio da Prata, em Bonito (MS), as cores se alternam entre azul anil e um tom esverdeado, com águas claras e transparentes, que refletem brilhos prateados.Verde Esmeralda –  As microalgas e vegetações aquáticas, quando se misturaram com a água, podem resultar em uma cor esverdeada.  É o que pode se observar em um passeio de barco, por exemplo, pelo Cânion do Xingó, no Rio São Francisco (SE).  A cachoeira de Santa Bárbara, em Cavalvante (GO), também impressiona com a mistura das tonalidades azul e verde. A melhor época para apreciar a cor, realçada pelos efeitos dos raios solares, é entre maio e setembro, entre 9 às 14 horas.

Dourado – As águas douradas da cachoeira do Garimpão, oriundas do Rio Preto, com nascente na cidade de Alto Paraíso, é um dos cartões portais do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Na Ilha Vermelha, em Cabedelo (PB), piscinas naturais se formam com águas transparentes sob as areias douradas. Para quem deseja apreciar o pôr do sol sob raios dourados, a Praia do Jacaré, em Paraíba (JP), é uma das opções.

Tons escuros – Águas amarronzadas estão, predominantemente presentes no litoral do Rio Grande do Sul. Esse fenômeno ocorre devido à proximidade da costa marítima ou à quantidade significativa de material sólido em suspensão que, na maioria das vezes, são removidos com o movimento das ondas. Já na região Amazônica, os tons escuros dos rios Negro e Solimões são resultado da composição química de cada rio, densidade e clima, que contribuem para deixar evidente a coloração preta e marrom das águas. 

Terapêuticas – As águas, além das cores, também podem ter podem propriedades medicinais. Águas de Lindóia e São Pedro (SP), Caldas Novas (GO) e Araxá (MG) são destinos conhecidos pelos benefícios à saúde. Pelo baixo teor de sódio e a alta quantidade de cálcio, as águas terapêuticas podem amenizar a dor de reumatismos, hidratar a pele e não apresentam efeitos colaterais.

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