Paixão pelo destino turístico faz viajantes tatuarem cartão-postal no corpo

Ter as viagens “impressas” no corpo tem um valor simbólico, segundo especialista: é uma forma de homenagear um lugar especial e expor publicamente aquilo que se viveu.
Ter as viagens “impressas” no corpo tem um valor simbólico, segundo especialista: é uma forma de homenagear um lugar especial e expor publicamente aquilo que se viveu.

Por Tatiana Alarcon – MTur/ASCOM

Os pontos turísticos estão ganhando os braços, as pernas e as costas dos viajantes brasileiros. Com agulhas finas e um certo grau de sofrimento, o economista Rafael Lisboa desenhou a Estrada Real mineira na coxa, circuito que percorreu de bicicleta no ano passado; e o Pão de Açúcar no braço, uma homenagem às belas praias da cidade maravilhosa. “Noronha, meu último destino, já está sendo desenhada pelo tatuador”, disse. 

Ter as viagens “impressas” no corpo tem um valor simbólico, segundo o turismólogo Fabrício da Silveira, que se especializou no comportamento do turista. Para ele, tatuar um destino no corpo é uma forma de homenagear um lugar especial e expor publicamente aquilo que se viveu.

A goiana Rafania Almeida deixou a casa dos pais ainda menor de idade para experimentar uma vida de estudos e trabalho em Brasília. Na capital federal ela estudou jornalismo e se formou profissional. Como homenagem à cidade que a acolheu, tatuou no corpo o símbolo da Catedral de Brasília. “É o lugar que mais gosto e que representa um dos valores mais importantes da minha vida: a fé”, disse.

Brasília é a quinta cidade mais visitada por brasileiros, de acordo com estudo do Ministério do Turismo. A capital federal encanta seus moradores, especialmente aqueles que nasceram no local, como Ana Paula Ferraz. Ela reproduziu no antebraço os famosos azulejos do artista plástico Athos Bulcão, o mesmo que enfeita os painéis das paradas de descanso do parque da Cidade Sarah Kubitschek. “Eu nasci aqui e queria homenagear a minha cidade, que completou 50 anos”, diz.

O Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, ganhou vida em contornos minimalistas no corpo da secretária-executiva Thatiana Soares, de 33 anos. E o Cristo Redentor, as costas da  analista de atendimento Sônia Cravos, de 51 anos. “Posso correr o mundo, morar numa galáxia mais distante, mas eu sou o Rio. Ele está em mim e só de pensar nele meu estado de espírito se alegra”, disse Sônia. O Rio de Janeiro é a segunda cidade mais visitada por brasileiros no Brasil e registrou o maior crescimento na recepção de turistas estrangeiros, pouco mais de 1,5 milhão no ano passado.

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