Varejo: existe luz no fim do túnel?

Por Rubens Panelli Junior*

Diante deste cenário, o que fazer para se manter rentável durante o ano de 2015?
Diante de um cenário desfavorável, o que fazer para se manter rentável durante o ano de 2015?

O varejo brasileiro em 2014 teve o pior resultado desde 2003, o crescimento foi de apenas 2,2% de acordo com a pesquisa mensal de comercio apurada pelo IBGE e, acreditamos que em 2015 os resultados poderão ser ainda piores.

Inflação em alta, Economia estagnada, Denuncias de corrupção, Situação fiscal indefinida. Diante deste cenário, o que fazer para se manter rentável durante o ano de 2015?

Temos orientado nossos clientes e parceiros a reverem suas estruturas de custos e gestão de estoques; custo baixo e giro alto são vantagens competitiva em quase todos os setores da economia, especialmente no varejo, boas políticas de gestão de estoques e custos permitem maiores investimentos, manutenção de margem e “gordura” para enfrentar a crise.

Durante o período de hiperinflação no Brasil, algumas empresas se destacaram com foco em redução de despesas e, mais importante ainda, na manutenção desta redução usando abordagens criativas e, pasmem, ainda muito atuais. São elas:

  1. Metas e objetivos mensuráveis, com referencia nas melhores práticas de mercado, não somente em base histórica interna;
  2. Os esforços de redução de custos tem que estar alinhados com a estratégia da empresa;
  3. O Mark up tem que levar em consideração o tempo que o produto leva para ser vendido, pois a inflação devora a margem de produtos com giro lento;
  4. As métricas escolhidas (KPIs) precisam ser claras, mensuráveis e mostrar as áreas que precisam de ajustes gerenciais, estas métricas tem que considerar a empresa sob  perspectivas financeiras, perspectivas do cliente, perspectivas de marketing e vendas, perspectivas operacionais e cadeia de suprimentos e perspectivas de RH;
  5. A empresa tem que ser analisada e monitorada como um todo, principalmente naquelas áreas onde não há responsabilidades claras; “Custos Invisíveis”
  6. Desenvolver competências internas que saibam analisar de forma critica as ferramentas de BI existentes;
  7. Definir um plano de comunicação claro e eficaz, que engaje todos os funcionários a atingir as novas metas, criando inclusive planos de bonificação;
  8. É muito mais barato demarcar produtos com giro lento com objetivo de abrir espaço para novos itens com margem e preços atualizados, do que ficar dormindo sobre um estoque desatualizado.
  9. Manter estas novas políticas com perspectiva de longo prazo. 

*Rubens Panelli Junior  é especialista em varejo e consumo. Atuou durante 12 anos como Diretor de Marketing e Comercial da C&A Modas Brasil e Argentina, foi CEO da Boutique Daslu, Diretor Comercial da Paramount Textêis. Rubens é sócio diretor da Panelli & Associados, empresa de consultoria de gestão varejo e consumer products

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