O impacto das novas tecnologias no setor de reparação de veículos

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As novas tecnologias e até a forma das pessoas se relacionarem com o carro vão romper o modelo atual que conhecemos.

Por José Arnaldo Laguna*

A evolução tecnológica da indústria automobilística sempre trouxe mudanças significativas para o mercado da reparação. Mas agora as transformações ocorrem cada vez mais rápido e novos conceitos estão surgindo que mudam por completo o automóvel que conhecemos hoje e até o comportamento do consumidor. Inicia-se um processo disruptivo com a chegada dos carros elétricos, híbridos, movidos veículos movidos à célula de energia à hidrogênio. Essas novas modalidades vão impactar a forma de reparar os veículos, principalmente a parte do motor que envolve o trabalho das retíficas.

José Arnaldo Laguna, presidente do CONAREM.
José Arnaldo Laguna, presidente do CONAREM.

Essa preocupação surgiu com as viagens e visitas que fizemos a várias fabricantes e montadoras. Vemos forte tendência dos carros elétricos e precisamos entender como vai funcionar o sistema e de que forma vamos reparar. Esse estudo precisa começar agora antes que esses novos conceitos cheguem às oficinas para reparação. O profissional precisa estudar e conhecer os novos sistemas. Aliás, isso já acontece, a cada lançamento de veículos existem novidades que necessitam de atualização por parte do mecânico.

Mas essas novas tecnologias e até a forma das pessoas se relacionarem com o carro vão romper o modelo atual que conhecemos e vai surgir um novo formato para atender às necessidades. É questão de tempo, não sabemos se vai demorar 10 ou 20 anos, mas as montadoras já sinalizam que vão investir nessas novas tecnologias.

Diante de tanta novidade, o CONAREM juntamente com outras entidades do setor de reparação de países da América Latina, vai criar o Instituto de Estudos Internacional de Mobilidade para promover conhecimento e encontrar novas oportunidades de negócios para o setor de reparação. Este será o maior desafio da reparação para os próximos anos, entender e acompanhar as mudanças para que o mercado de reposição se mantenha forte e atuante. A participação de fabricantes e entidades do setor é muito bem-vinda para ajudar a encontrar meios de como atuar em uma nova realidade.

*JOSÉ ARNALDO LAGUNA é presidente do CONAREM e vice-presidente do Sindirepa-SP.

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