Mulheres, que mais controlam economia doméstica, são maioria em campanha da Fecomércio contra impostos

 
O grande apoio feminino à campanha #Sobroupramim revela a contrariedade desse público ao aperto imposto pelo governo à toda a sociedade - são as mulheres que controlam de perto a economia doméstica.
O grande apoio feminino à campanha #Sobroupramim revela a contrariedade desse público ao aperto imposto pelo governo à toda a sociedade – são as mulheres que controlam de perto a economia doméstica.

O Sistema Fecomércio RJ lançou nesta quarta-feira a campanha #Sobroupramim contra mais aumentos de impostos e a volta da CPMF, incluídos no pacote fiscal do governo federal, agora sob análise do Congresso Nacional. Com pré-estreia no Facebook (www.facebook.com/sobroupmim), a campanha obteve mais de onze mil fãs na largada, sendo 63% dessas mulheres na faixa etária entre 25 e 44 anos.

O grande apoio feminino à campanha #Sobroupramim revela a contrariedade desse público ao aperto imposto pelo governo à toda a sociedade – são as mulheres que controlam de perto a economia doméstica.

A Fecomércio Rio calculou a perda que o estado terá nos próximos quatros anos de vigência da CPMF, caso o imposto seja recriado.

“Serão R$ 14,8 bilhões de impacto no bolso do cidadão. É o valor que o governo federal vai arrecadar com a cobrança da CPMF, um imposto que é cobrado em cascata, portanto, em toda etapa da cadeia produtiva, e atinge cruelmente cada cidadão nas suas operações financeiras e no consumo”, diz Orlando Diniz, presidente do Sistema Fecomércio RJ.

Orlando Diniz acrescenta: “E essa estimativa é apenas com um dos impostos, a CPMF, porque o pacote fiscal prevê mais impostos. Por isso, lançamos a campanha #Sobroupramim. É uma campanha que toca todo cidadão”, disse.

O impacto no comércio, o maior empregador do Brasil (dados do IBGE), será de R$ 5,7 bilhões pagos a mais no estado do Rio a partir do retorno da CPMF. “O comércio é mola propulsora da economia. Mais impostos vão penalizar o setor a ponto de sufocá-lo, aumentando a recessão no estado e no país todo”, afirma Orlando Diniz.

Situação difícil

Dados do Sistema Fecomércio RJ mostram que a economia fluminense fechou, entre janeiro e agosto de 2015, mais de 105 mil postos de trabalho com carteira assinada, sendo 64% no comércio de bens, serviços e turismo – que equivalem a 67,2 mil empregos formais. “A situação já é difícil e tende a prejudicar ainda mais os pequenos e micro comerciantes, que mais precisam de apoio para sobreviver na crise”, diz o presidente.

A campanha #Sobroupramim tem o pulso da população com posts atualizados ao longo do dia em frases como “Pagar as contas da má administração dos outros? #Sobroupramim e #Nomeubolsonão. A iniciativa traz uma série de esclarecimentos sobre o novo pacote fiscal do governo federal e alertas para a possibilidade de aumento da carga tributária no país, usando ainda o Twitter, no perfil @sobroupmim.

Por meio da ferramenta Twibbon, os apoiadores podem também inserir uma tarja personalizada da campanha em suas fotos de perfil nas redes sociais.

Já no website http://esobroupramim.com.br/, é possível assinar o manifesto contra o aumento de impostos. No documento, o Sistema Fecomércio RJ defende que não cabe aos trabalhadores, comerciantes e à indústria o ônus dos erros da administração pública. O objetivo é mobilizar todos os setores do mercado de trabalho – trabalhador, comerciante e indústria – contra o pacote fiscal do governo federal, que não corta a grande gordura de seus gastos públicos como poderia e onera a população com mais impostos, além de propor a redução de serviços prestados à sociedade.

O Sistema Fecomércio RJ alerta ainda estar atento a possíveis cortes no orçamento do Sistema S, que qualifica o trabalhador para o mercado de trabalho. O governo chegou a cogitar um corte de 30% no repasse, mas agora diz estudar medidas mais brandas.

Um corte de 30% levaria à uma perda imediata de 11 mil vagas de qualificação técnica de mão de obra no estado do Rio de Janeiro, 77% de baixa renda. “O Sistema S no Rio atua em projetos sociais importantes como nas UPPs e, qualquer alteração, teria um custo social imediato aos mais carentes”, destaca o presidente Orlando Diniz.

SERVIÇO: 

A campanha #Sobroupramim lançada pelo Sistema Fecomércio RJ está nos seguintes endereços:
Facebook www.facebook.com/sobroupmim;
Website http://esobroupramim.com.br/;
Twitter www.twitter.com/sobroupramim.

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