Furto em Lojas: 30% vêm de dentro

Consultor de gestão no varejo, ex-diretor da C&A e ex-CEO da Daslu explica quando vale a pena intervir no cenário de furtos. 
Consultor de gestão no varejo, ex-diretor da C&A e ex-CEO da Daslu explica quando vale a pena intervir no cenário de furtos.

Lojas de departamento como a Century 21 de Nova York relatam constantemente ações de furto por parte de clientes. Se algum consumidor furta algum produto ou a equipe de vendas percebe que algo está prestes a ser furtado, o cliente cai na rede de shoplifting cases” da loja. O termo “shoplifting” significa furto em loja. No Brasil, apesar de existirem grandes redes de lojas de departamentos, não existe um esquema de prevenção forte dos furtos ou um claro entendimento do quanto se deve investir na prevenção de furtos. 

Não existem sistemas infalíveis de segurança, porém, medidas de prevenção podem contribuir para redução do risco de perdas. A grande maioria das pequenas e médias empresas não possui processos de controles capazes de evitar perdas e fraudes. 

No país são R$10 bilhões por ano perdidos por roubo de produtos em lojas. “30% dos furtos acontecem dentro da própria empresa, por terem conhecimento dos esquemas de segurança e por terem fácil acesso aos produtos”, geralmente, deve-se investir em gestão contra furtos quando as perdas estiverem acima de 1 % das vendas”, explica Rubens Panelli Jr., especialista e consultor de gestão no varejo. “Muitas vezes o custo de intervenção pode superar as perdas em produtos furtados”. Dependendo do caso, o mais indicado são ações de endomarketing para conscientização das equipes e também programas de bônus, para os gerentes que conseguirem diminuir suas perdas de estoque, o que inibirá a ação criminosa”,  sugere Rubens.  

Nos EUA, advogados atuam agressivamente contra consumidores acusados de furto, entrando com processos tanto civis quanto criminais. Câmeras de segurança e depoimentos de vendedores são largamente usados para apoiar os casos. “Os processos são mais agressivos, pois dentro da loja, a lei é muito clara quanto ao cárcere. Não se pode manter ninguém dentro da loja impedindo sua liberdade de movimento”, diz Rubens. “Os seguranças das lojas não têm autoridade de polícia e não podem impedir que o consumidor saia mesmo que soe o alarme”. No Brasil, também é assim. 

SERVIÇO:

Rubens Panelli atuou durante 12 anos como Diretor de Marketing e Comercial da C&A Modas Brasil e Argentina, foi dentre outras empresas CEO do Grupo Empresarial Pasmanik, CEO da Boutique Daslu, Diretor Comercial da Paramount Textêis. Hoje, Rubens é sócio diretor da Panelli & Associados, empresa de consultoria de gestão varejo e consumer products.

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