Por Mariah Carmelo*
Uma pessoa completamente descontrolada pela não aceitação da sexualidade do pai deixa -se influenciar pelo sentimento de desaprovação social. Mas, engana-se quem pensa que ele esta preocupado com a figura paterna, ele esta preocupado com a opinião da sociedade em relação a ele.
O termo homofobia foi empregado inicialmente em 1971, pelo psicólogo George Weinberg. Esta palavra, de origem grega, remete a um medo irracional do homossexualismo, com uma conotação profunda de repulsa, total aversão, mesmo sem motivo aparente. Trata-se de uma questão enraizada ao racismo e a todo tipo de preconceito. Este medo passa pelo problema da identificação grupal, ou seja, os homófonos conformam suas crenças às da maioria e se opõem radicalmente aos que não se alinham com esses papéis tradicionais que eles desempenham na sociedade, ainda que apenas na aparência.
No caso de Enrico não analisamos a homofobia e sim o ter uma vida para outros, baseada na opinião dos outros. O personagem sofre demasiadamente pelo próprio preconceito, mas de onde vem esse tal preconceito que faz quem sente sofrer e quem é julgado, analisado sofrer ainda mais.
Utilizo o termo pensamento de julgamento irreal, ele acontece quando o nível de ansiedade esta em seu máximo há um gatilho que dispara vivencias irreais na mente que automaticamente promove um comportamento. Quem o sente nesse caso pensa em como os outros, ou seja, a sociedade o julgará e esses pensamentos são antecipados aos fatos. Então, pensamentos como: O que os outros vão pensar? O que certa pessoa vai pensar? O que meus amigos vão falar? Vou virar motivo de piada!
Perceba que esses pensamentos promovem a construção de imagens, quem sente e se questiona cria momentos de diálogos internos com as pessoas que ele acha que o julgarão, provocando sofrimento e comportamento por antecipação.
