Brookfield negocia compra de participação na Energisa

Canadenses já adquiriram um lote de PCHs e usinas eólicas da empresa de energia elétrica da família Botelho. 
Canadenses já adquiriram um lote de PCHs e usinas eólicas da empresa de energia elétrica da família Botelho.

No que depender da Brookfield, a relação com a Energisa não se limitará à  compra de um pacote de PCHs e usinas eólicas. Segundo informa o Relatório Reservado, os canadenses esperam, muito em breve, estar novamente sentados à  frente de Ivan e Maurício Botelho, desta vez para tratar de um negócio bem maior: a aquisição de uma participação no grupo. A Brookfield está convicta de que as circunstâncias lhe abrirão as portas para o capital da Energisa.

A conjuntura econômica, a escassez de crédito e a baixa rentabilidade nos segmentos de geração e distribuição reduzem a margem de manobra para a família Botelho captar recursos e amortizar o passivo da companhia. A dívida líquida gira em torno de R$ 2,5 bilhões, boa parte herdada com a incorporação do Grupo Rede. Oficialmente, a Energisa nega a venda de uma participação em seu capital. A Brookfield, por sua vez, não quis se pronunciar.

Segundo o RR apurou, a Brookfield já montou um grupo de trabalho com a missão de analisar a aquisição. É uma temporada de contas e mais contas na empresa. A fonte do RR o autoriza a apostar na conclusão do negócio. A compra de uma fatia do capital da Energisa daria aos canadenses assento no sexto maior grupo de distribuição de energia do país por número de clientes, aproximadamente 6,2 milhões, e o sétimo em receita líquida – a cifra deve bater nos R$ 10 bilhões neste ano. São números que a própria Brookfield ajudaria a inflar. Seus aportes permitiriam à Energisa partir para a compra de distribuidoras de maior porte, como a capixaba Escelsa, antigo sonho de consumo dos Botelho.

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